Mundo
Primeira-ministra britânica diz que Brexit será votado no Parlamento
Theresa May discursou sobre estratégias para sair da União Europeia
Em um discurso no palacete de Lancaster House sobre sua estratégia de negociação do Brexit, May disse que vai haver algumas concessões nas negociações, mas que é importante providenciar "a maior certeza possível". "Posso confirmar hoje que o governo colocará o acordo final que for fechado entre o Reino Unido e a União Europeia em votação em ambas as casas do Parlamento antes de entrar em vigor", disse em discurso em Londres.
A primeira-ministra confirmou que os britânicos abandonarão o mercado único europeu, apesar de tentarem negociar um acordo comercial “o mais amplo possível” com a UE. Ela disse que não quer que o Reino Unido seja um "sócio parcial" da UE após se retirar do bloco.
May disse que o Reino Unido não ficará "metade dentro, metade fora" da UE, mas assinalou também que quer manter uma relação estreita com "amigos e aliados" europeus.
A primeira-ministra afirmou que o Reino Unido quer o "sucesso" da União Europeia (UE, apesar de sua decisião de sair do bloco.
ImigraçãoEla disse que o Brexit vai significar o controle do número de pessoas que chegam da Europa para o Reino Unido, mas afirmou que quer garantir os direitos dos europeus que vivem no Reino Unido e dos britânicos que vivem na Europa “o antes possível”.
Afirmou ainda que o Reino Unido vai ser manter um país aberto e tolerante e quer continuar atraindo os melhores talentos, mas que a imigração tem pressionado serviços públicos como escolas e atendimento de saúde.
Após o discurso de May, a libra teve alta de 2,37% em relação ao dólar e de 1,46% em relação ao euro. A notícia de que o país abandonará o mercado único reduziu os ânimos, mas os investidores valorizaram o fato de que, com o Brexit, o Reino Unido reduzirá suas contribuições aos cofres europeus, o que manteve a moeda britânica no positivo.
ReferendoO Brexit foi aprovado em um referendo em junho de 2016 por mais de 1,2 milhão de votos de diferença. Porém, a disputa foi bastante acirrada. O "sair" venceu com quase 51,9% dos votos, com 17.410.742 votos a favor da saída contra 16.141.242 votos pela permanência.
Logo após o resultado do referendo, o país mergulhou em uma profunda crise política que provocou a queda do então primeiro-ministro, David Cameron, entusiasta defensor da permanência.
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