Mundo
ONG diz que forças de segurança do Congo mataram mais de 30 em protestos
População protestava contra a recusa do presidente Kabila em deixar o poder após o fim de seu mandato
As forças de segurança da República Democrática do Congo mataram ao menos 34 pessoas durante protestos nesta semana. A população se manifestava contra a recusa do presidente congolês, Joseph Kabila, a deixar o posto após o fim de seu mandato. As informações são da entidade Human Rights Watch.
A capital Kinshasa e outras cidades foram abaladas por manifestações violentas na terça-feira (20), quando Kabila, que está no poder desde 2001, concluiu seu segundo mandato sem marcar uma eleição para escolher seu sucessor.
Ida Sawyer, diretora do HRW para a África Central, disse em conta no Twitter que todas as mortes ocorreram durante os protestos iniciais de terça-feira, elevando o saldo de mortos estimado inicialmente em 26 pessoas.
Ela acrescentou que o grupo também está verificando relatos adicionais de mortes.
O governo do Congo afirma que 22 pessoas morreram nos confrontos, uma delas um policial, e que a maioria das vítimas foi morta por balas perdidas ou enquanto realizava saques.
A Constituição do país impede Kabila de concorrer a um novo mandato, mas seu governo diz que não consegue organizar a eleição presidencial, originalmente marcada para o mês passado, antes de abril de 2018 devido a atrasos no registro de milhões de eleitores.
Líderes da oposição alegam que o atraso é uma artimanha de Kabila para se manter no poder e eventualmente alterar a constituição para voltar a se candidatar. O mandatário nega as acusações, mas se negou a se comprometer publicamente a não mudar a carta magna do país.
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