Mundo
Moradores de Aleppo denunciam atrocidades cometidas por forças sírias
Moradores alegam que os soldados estão matando civis na ofensiva para recuperar totalmente a parte leste da cidade controlada pelos rebeldes

Os temores pela segurança dos habitantes de Aleppo, na Síria, cresceram nos últimos dias, depois de relatos de atrocidades cometidos contra civis pelas forças do governo do presidente Bashar Al Assad, segundo a revista americana "Time".
Um vídeo da AJ+, um novo canal de notícias digitais da emissora Al Jazeera, mostra o desespero dos moradores de Aleppo. No Twitter, eles alegam que os soldados estão matando civis. O vídeo mostra corpos de civis espalhados pelas ruas após bombardeio do governo.
A síria Bana Alabed, que mora na área leste de Aleppo, postou no Twitter sobre os intensos ataques do governo contra as áreas controladas pelos rebeldes. "Querido mundo, há um bombardeio intenso agora. Por que vocês estão em silêncio? Por quê? Por quê? Por quê?", escreveu ela na quarta-feira.
Dezenas de civis foram mortos durante o avanço das tropas pró-Assad para recapturar a cidade, que estava dividida entre áreas controladas pelo governo e pelos rebeles. Na quarta-feira (14), a ONU destacou que as forças sírias e seus aliados certamente cometeram crimes de guerra.
"O governo sírio tem uma clara responsabilidade de garantir que seu povo esteja seguro e está fracassando em aproveitar esta oportunidade para fazê-lo", disse o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al Hussein, em um comunicado.
"O governo da Síria também é obrigado pelo direito internacional a prestar assistência médica a todos os doentes e feridos, civis e combatentes igualmente", afirmou ele.
Um esvaziamento dos bairros rebeldes sitiados foi anunciado na terça-feira, mas não ocorreu como planejado na quarta-feira. Nesta quinta, os combatentes do governo abriram fogo contra um comboio com pessoas que se preparavam para deixar a área leste da cidade de Aleppo.
"O comboio foi alvejado pelas forças do regime, temos três feridos, um deles da Defesa Civil. Eles foram levados de volta para as áreas sitiadas", afirmou o chefe do serviço de ambulâncias no local.
Por decisão do presidente da Rússia, Vladimir Putin, o Centro de Pacificação russo na Síria ordenou a ida de combatentes e suas famílias para Idlib, uma das últimas grandes cidades sírias controladas pelas forças opositoras ao regime de Assad.
Nesta quinta-feira (15), segundo a agência de notícias Reuters, mais de 20 ônibus entraram na área dominada pelos rebeldes no início da manhã. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha confirmou que cerca de 200 feridos estavam sendo retirados.
Tanto representantes dos rebeldes quanto do governo confirmaram que inicialmente serão retirados feridos e doentes, depois cidadãos civis e por fim combatentes rebeldes. A Rússia afirmou que autoridades da Síria garantiram a segurança de todos os combatentes que resolverem deixar Aleppo.
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