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Brasileiro foge de universidade com agressor nos Estados Unidos

Gustavo Stille, de 29 anos, trabalha na Universidade Estadual de Ohio

Por G1 28/11/2016 17h14
Brasileiro foge de universidade com agressor nos Estados Unidos
Reprodução - Foto: Assessoria

O brasileiro Gustavo Stille, de 29 anos, é um dos funcionários da Universidade Estadual de Ohio que tiveram que fugir do campus nesta segunda-feira (28) pela presença de um agressor. Ele e seus colegas conseguiram deixar o prédio em segurança e se abrigaram em um bar próximo ao local.

A universidade foi cercada depois que um homem atropelou e esfaqueou pessoas no campus localizado na cidade de Columbus. Nove pessoas foram levadas a um hospital local, uma delas foi internada em estado crítico. Inicialmente, a universidade informou que o homem havia disparado tiros, mas a polícia afirmou depois que não há indícios de uso de arma de fogo.

Poucos minutos depois que a presença do agressor foi detectada, Gustavo recebeu uma mensagem de alerta em seu celular. Em seguida os alarmes do prédio dispararam, e ele e seus colegas de trabalho começaram a deixar o prédio para então procurar um lugar seguro e afastado do campus para se abrigar.

Em depoimento ao G1, Gustavo contou que a rapidez da polícia para chegar ao campus deu segurança aos funcionários para seguir os procedimentos de evacuação que lhe foram ensinados em treinamentos.

“Não tinha passado por isso antes, mas a gente é treinado pra saber reagir. A gente já sabia as rotas de evacuação, a expectativa do que acontece numa situação dessa. O treinamento me deixou seguro, sabia o que tinha que fazer”, diz. Segundo Gustavo, nesses casos a primeira orientação é fugir do perigo. Se não for possível, os funcionários devem se esconder e, em último caso, tentar lutar pela sobrevivência.

“Tinha gente um pouco desesperada, mas nessas horas seguimos o treinamento para ter calma, seguir a orientação da polícia e ir para um local seguro”, conta. Ele diz que todos os seus colegas conseguiram escapar do perigo e estão em segurança.

“A gente se ajudou, os supervisores e colegas ficaram se comunicando e, aparentemente, está todo mundo bem. Teve muito preparo, muita colaboração e muita eficiência de nossa parte e da polícia. Fiquei impressionado com a organização”, diz.

Questionado sobre como estava se sentindo, Gustavo disse que estava chateado, mas ao mesmo tempo seguro de seguir as instruções que lhe deram. “A polícia chegou muito rápido, e a presença da polícia nos passou segurança”, diz.

Do bar em que estava abrigado com seus colegas de trabalho, Gustavo recebeu a informação de que ninguém poderia voltar mais ao campus e todos teriam que voltar para casa.

No campus, um suspeito foi morto, mas o local foi declarado seguro pela Universidade.

Hospital veterinário bloqueado

Os alertas e treinamentos também ajudaram outro brasileiro, Marco Coutinho, professor de medicina veterinária há sete anos na universidade.

Marco diz que estava em seu escritório quando recebeu o alerta pelo celular. O prédio do hospital veterinário fica a mais de 1 km do local em que começou o tiroteio.

“Nesse momento, os prédios da veterinária se trancam automaticamente de forma que ninguém consegue entrar. Então ficamos por volta de uma hora e meia até a situação ser resolvida. E acompanhando as notícias pela internet e TV”, diz Marco.

Ele também afirma que, apesar de a situação ser preocupante, se sentiu seguro com o sistema de alerta de mensagens da universidade e pelos treinamentos prévios. “O sistema aqui é tão bem estabelecido, e tem vídeos e treinamentos, que deixa a gente bem tranquilo. Temos que seguir orientações”, conta.

As aulas foram canceladas e os alunos foram dispensados, mas o professor continuará trabalhando no hospital veterinário.