Os 18 municípios produtores de banana em Alagoas comemoram uma safra recorde este ano.

Segundo relatório produzido pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), a produção do fruto em Alagoas registra um aumento de 23% em relação ao ano passado.

A produção passou de 97 mil toneladas em 2024 para 120 mil toneladas/cacho em 2025. Com isso, a previsão de faturamento ultrapassa os R$ 300 milhões.

Em Alagoas, os maiores produtores de banana são os municípios de União dos Palmares, Porto Calvo, Santana do Mundaú, Viçosa, na Zona da Mata, e Palmeira dos Índios, no Agreste.

Apesar do recorde na produção, a cultura enfrenta uma doença fúngica, a Sigatoka Negra. A doença compromete as folhas e reduz a produtividade do fruto.
Para reduzir as perdas, os produtores alagoanos recebem apoio técnico, com ação conjunta da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), Ministério da Agricultura e Pesca (Mapa) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Os técnicos atuam na orientação sobre o manejo integrado de pragas e a aplicação correta do defensivo e o acompanhamento do resultado dos procedimentos.
A bananicultura tem grande relevância econômica em Alagoas, sobretudo para pequenos produtores ligados à agricultura familiar.

O uso de produtos químicos autorizados, o monitoramento semanal das plantações e o descarte correto de folhas infectadas são estratégias essenciais para evitar a propagação da doença e manter a produtividade em alta, gerando renda e desenvolvimento no campo em Alagoas.

Sobre a fruta

Segundo a Embrapa, a banana é a fruta fresca mais consumida no mundo. Além de maior consumidor mundial, o Brasil é o quarto maior produtor, com 6,6 milhões de toneladas produzidas em 455 mil hectares, metade originária da agricultura familiar.

O setor fatura cerca de R$ 13,8 bilhões por ano e gera 500 mil empregos diretos. Devido ao seu preço acessível, a banana tem importante papel social.