O jornalista José Valdemar, que administra uma das páginas na internet de maior influência em Maragogi, a Maragogi News (www.maragoginews.com.br), usou suas redes sociais para denunciar, na manhã desta segunda-feira (22), uma ameaça de morte feita por um empresário do município. Segundo ele, tudo começou na sexta-feira (11, quando recebeu ataques homofóbicos nas redes sociais, com vários vídeos postados pelo empresário, o que causou profundo desconforto no jornalista, no seu círculo de amizades e em seus contatos profissionais, já que é uma pessoa bastante conhecida na região.

Segundo o jornalista, os ataques do empresário começaram depois da publicação de uma reportagem sobre furto de energia elétrica, cujo release foi enviado pela assessoria da Equatorial, sem nomes de pessoas nem de estabelecimentos. Sabe-se, no entanto, que o empresário que fez as ameaças é proprietário de uma choperia na cidade.

"Depois disso, durante a noite, visivelmente embriagado, fez alguns stories, me difamando e me ameaçando. Registrei queixa na delegacia de Polícia Civil por ameaça e injúria e vou entrar com um processo por danos morais. Também entrei em contato com a presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, e um advogado irá me acompanhar. Temo por minha vida, pois tive conhecimento de que esse senhor tem histórico violento", afirmou o jornalista.

O Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal) publicou uma Nota de Solidariedade ao jornalista José Valdemar de Oliveira, afirmando que, no exercício da função, ele teve sua vida ameaçada por um empresário, após publicar um texto relatando um caso de furto de energia em Maragogi.

A nota continua dizendo que o Sindjornal defende o livre exercício do jornalismo, respeitando os princípios da ética profissional, e que vai apoiar o jornalista, que já registrou um Boletim de Ocorrência contra o autor das ameaças, informando que buscará reparações judiciais.

A nota prossegue: "Reforçamos que crimes de furto contra concessionárias de serviços públicos representam uma ameaça grave para toda a sociedade, pois a conta termina sendo dividida de forma coletiva."

A nota termina dizendo que o Sindicato se coloca à disposição do jornalista ameaçado para, ao lado das autoridades, buscar segurança e coibir esse tipo de atitude lamentável, de quem comete crimes e ainda assim se acha acima das leis.