Interior
Estradas intransitáveis para ônibus escolares deixam alunos fora da sala de aula em Murici

Em muitas regiões do país, alunos e professores enfrentam um desafio diário que vai além das salas de aula lotadas e dos livros didáticos: a dificuldade de acessar as escolas devido à precariedade das estradas por onde passam os ônibus escolares. Essas vias, muitas vezes negligenciadas pelas autoridades responsáveis, representam um obstáculo significativo para a educação de milhares de pessoas.
No Assentamento Dom Helder, na cidade de Murici, Zona da Mata de Alagoas, essa dificuldade é evidente, as condições das estradas com buracos profundos, trechos alagados em épocas de chuva, falta de pavimentação, ausência de manutenção regular, entre outros problemas específicos, impedem a passagem segura de ônibus escolares.
Maria Rita, do Movimento Mulheres Camponesas, está na lista de alunos que passam por dificuldades de acesso que afetam a frequência escolar e o desempenho acadêmico. Ela contou que falta às aulas regularmente devido à impossibilidade de transporte.
“Desde o dia 13 de junho que estamos a espera e nada de melhorias nas estradas, tivemos reunião com o secretário de Transporte Escolar, Elias Benedito dos Santos, e ele falou que iria mandar as pedras e nada, é uma falta de respeito, fechamos a pista para reivindicar nosso direito à educação”, disse em tom de revolta.
Ao Tribuna Hoje, Elias Benedito dos Santos, informou que há uma tentativa de resolver a situação, mas justificou que está faltando pedra, já que as chuvas não afetam só a estrada de Assentamento Dom Helder, e sim o estado de Alagoas.
“Toda a zona rural fica de difícil acesso com as chuvas. Os alunos deveriam entender que tem hora que ninguém pode vencer o fenômeno natural, que é a chuva. Então tem que ter um pouco de paciência que nós vamos resolver. Só que eu tenho a acrescentar é o seguinte, não se pode resolver nada diante de uma situação que é uma previsão de chuva acima do normal. Nós não vamos resolver. Eles estudam há muitos e muitos anos e nós sempre resolvemos e não vamos deixar de resolver isso agora ou não”, salientou.
“Inclusive para resolver a situação tem que ter um período de estiagem que é para a gente levar o material, retirar o material arenoso para fazer um trabalho bem feito, se não bota pedra não resolve nada. E quando eu me refiro à pedra, está faltando pedra, é para comprar, para o município comprar e colocar no local. A pedreira está com uma demanda muito grande de atendimento, então a gente está meio com essa dificuldade”, acrescentou.
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