Interior

Casa Lar contesta irregularidades apontadas por Defensoria em Murici

De acordo a diretora Cristiane Gerbase, as irregularidades identificadas pelo órgão não são fidedignas

Por Tribuna Independente 26/10/2023 15h35 - Atualizado em 26/10/2023 17h55
Casa Lar contesta irregularidades apontadas por Defensoria em Murici
Cristiane Gerbase, diretora da Casa Lar, contesta a Defensoria - Foto: Adailson Calheiros

A diretoria da Casa Lar do município de Murici contestou a divulgação, por parte da Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL), de irregularidades identificadas durante inspeção realizada no local no início do mês. De acordo a diretora Cristiane Gerbase, as irregularidades identificadas pelo órgão não são fidedignas.

“Há pouco mais de um ano, era um lugar que as crianças comiam em cumbuca de plástico, tinham sarna, piolho e isso foi denunciado e tudo foi modificado. Nós chegamos para administrar, fizemos modificações e as crianças hoje têm alimento de qualidade, fazem curso de inglês, no horário que não estão na escola, estão nos programas da Secretaria de Assistência Social. Eu não estava no dia da inspeção. O defensor público indagou algumas coisas às cuidadoras, uns buraquinhos no chão, um armário de cozinha sem uma gaveta, os beliches que ele criticou são novíssimos, foram doados pela Secretaria de Assistência Social há pouco menos de seis meses. Nós temos ar-condicionado em todos os quartos, temos cama, mesa e banho. As crianças comem hambúrguer, saem para comer pizza, têm iogurte. Nós prezamos por isso para as crianças”, disse.

Ainda segundo Gerbase, a direção não foi procurada em nenhum momento. “Nem a Secretaria de Assistência Social, nem a Prefeitura. O defensor disse que foi enviado um ofício, mas ninguém encontrou o protocolo do ofício e, simplesmente, jogou na rede. Nós sabemos a luta que a gente teve para fazer com que a Casa Lar fosse hoje um lar, para fazer com que garantisse o direito das crianças. Há mais de um ano, eu e a equipe damos sangue, feriado, final de semana, para poder fazer com que as crianças tenham qualidade de vida. Nós trabalhamos com o Ministério Público, com a promotora Ilda Reis, e trabalhamos também com a juíza da Comarca local, Paula Góes, que sabe muito bem o trabalho que está sendo desenvolvido dentro da Casa Lar. Nem se deu o trabalho de perguntar a essas duas pessoas que fazem parte da comarca dele como se procederia a Casa Lar”, afirmou.

De acordo com a Defensoria, na inspeção, foi identificada a necessidade de substituição/conserto de móveis e utensílios domésticos defeituosos, como fogão, geladeira, ar-condicionado, armários da cozinha, chuveiro e os beliches.