Interior
Jornal é utilizado no cultivo do abacaxi
Produtores do Agreste usam o papel de edições antigas do impresso para proteger frutos dos raios solares e calor excessivo
Além de manter as pessoas mais informadas do que acontece em Alagoas, no Brasil e no mundo, o jornal impresso é utilizado pelos agricultores do Agreste alagoano no cultivo do abacaxi.
As edições mais antigas são muito procuradas pelos produtores dos municípios de Arapiraca e Coité do Nóia.
Eles buscam os jornais para proteger os frutos do excesso dos raios solares e do calor excessivo.
Os agricultores costumam comprar edições antigas da Tribuna Independente e de outros periódicos que circulam no estado e até de outras regiões do país.
Com a redução do número de jornais impressos em Alagoas e no Brasil, o produto está ficando cada vez mais escasso.
A presidente da Associação de Produtores de Abacaxi da Comunidade de Poção, na área rural de Arapiraca, a agricultora Judite Caetano, que é produtora há mais de 20 anos, diz que, atualmente, o quilo de jornal é comprado a R$ 15.
A quantidade é suficiente para enrolar mais de 100 frutos.
Sem a utilização dessa técnica tradicional, os raios solares podem queimar os frutos e provocar perdas significativas que chegam a mais de 60% de toda a produção.
Também há outras alternativas, além da utilização de jornais impressos antigos, para proteger os frutos do excesso de sol.
Os agricultores amarram as folhas da própria planta com barbante junto à coroa do fruto, como podem cobrir os frutos com palha ou sacos de papel kraft, similares aos utilizados em padarias.
Município desponta como o maior produtor do fruto
Com mais de 235 mil habitantes, o município de Arapiraca desponta como o maior produtor de abacaxi da região e de Alagoas.
Na comunidade de Poção, segundo os dados da Secretaria de Desenvolvimento Rural, são aproximadamente 400 pequenos produtores que trabalham diretamente com o cultivo do fruto e que recebem sistematicamente assistência técnica.
Cada produtor cultiva uma área com dois hectares, em média, e o município tem uma estimativa de área plantada de aproximadamente 300 hectares.
Judite Caetano relata que, atualmente, cada fruto está sendo comercializado entre R$ 2 e R$ 3.
As comunidades rurais de Poção, Jenipapo, Poço da Pedra, Oitizeiro e Cangandu produzem a maior parte dos frutos, que são vendidos nas feiras livres e também exportados por atravessadores para os estados do Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e até para outros países, a exemplo da Argentina, que tem sido um dos maiores compradores do fruto produzido no Agreste alagoano.
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