Interior
FPI do São Francisco verifica dificuldades de quilombo e ocupação irregular de margem do rio
Quilombo Povoado Cruz recebeu a visita da FPI e prefeitura de Delmiro Gouveia foi autuada pelo IMA
A FPI do São Francisco visitou o quilombo do Povoado Cruz, no município de Delmiro Gouveia, e constatou as diversas dificuldades enfrentadas pela população, especialmente a falta de cestas básicas, atendimento odontológico e turmas para estudantes de ensino médio.
Questões relacionadas à ocupação abusiva da “prainha” também foram denunciadas pela comunidade tradicional, que está sendo impedida de ter acesso, pescar e manter o uso tradicional das águas do rio.
A vistoria foi realizada pelas equipes 10 e 13. A equipe de comunidades tradicionais e patrimônio histórico buscou informações para o fortalecimento da comunidade, sua associação e o acesso a políticas públicas específicas para o povo remanescente de quilombos.
A equipe 13, Sede de Aprender, apurou informações sobre a qualidade da água, abastecimento e saneamento básico. Amostras da água da escola foram coletadas para serem analisadas pelo laboratório do Instituto do Meio Ambiente, instalado no município de Delmiro Gouveia.
Na ocasião a Prefeitura Municipal de Delmiro Gouveia foi autuada pelo IMA pela ausência do Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR), documento que atesta o adequado transporte e destinação dos resíduos. Atualmente a própria secretaria de infraestrutura do município realiza o esgotamento sanitário da escola de forma irregular, pois se trata de resíduos perigosos de classe I.
O quilombo conta com escola de ensino básico (até o 5º ano) e posto de saúde, com presença de médico e enfermeiro uma vez por semana. No momento, há carência de dentista para a comunidade.
O procurador da república Érico Gomes, um dos coordenadores da FPI, comentou sobre a importância da visita como tentativa de fortalecimento da identidade étnico-cultural da comunidade. “Foi importante ouvir a população e conhecer melhor suas necessidades, assim como visitar a ‘prainha’, para construir soluções que contribuam para a preservação do quilombo e seu povo”.
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