Interior
Chuvas: moradores do Agreste recorrem ao consumo de água mineral
Sistema está retomando a distribuição gradativa nesta segunda-feira (6)
Os constantes rompimentos na Adutora do Agreste e as dificuldades de acessos pelas estradas vicinais, devido aos estragos provocados pelas fortes chuvas que caem há mais de 15 dias em toda a região, os moradores de Arapiraca e de outras cidades ficaram sem abastecimento de água por mais de quatro dias.
Por conta disso, as pessoas decidiram recorrer à compra de galões de água mineral para beber, cozinhar e até tomar banho, uma vez que a água vinda
da adutora não chega às torneiras há vários dias.
Neste domingo (5), o galão de 20 litros da água mineral teve acentuada procura nos supermercados, mercadinhos e distribuidoras na segunda maior cidade de Alagoas.
O garrafão é vendido a preços que variam de R$ 5,00 até R$ 8,00, dependendo da marca do produto.
De acordo com o supervisor de Distribuição da Companhia de Abastecimento e Saneamento de Alagoas (Casal/Agreste), Marcos Costa, desde a semana passada que os técnicos da empresa tiveram muitas dificuldades para o conserto da adutora.
Muitas estradas vicinais ficaram destruídas e alagadas, dificultando o acesso das equipes. Marcos Costa adiantou que os reparos são realizados e o sistema está retomando o funcionamento até o início da tarde desta segunda-feira (6).
NOTA
A Agreste Saneamento, em nota enviada à imprensa, na manhã desta segunda-feira (6), informa que tem trabalhado intensamente para aumentar a oferta de água entregue à população dos 10 municípios atendidos pela Parceria Público Privada (PPP), em conjunto com a CASAL. No entanto, o volume das chuvas, que ultrapassa a média histórica, vem causando destruição em todo o estado e impactado diretamente no fornecimento de água.
A qualidade da água do Rio São Francisco está bastante comprometida, exigindo que os técnicos façam ajustes constantes para atender aos parâmetros exigidos pela legislação e garantir uma água de qualidade para a população.
Mesmo diante das ações adotadas, existe um limite técnico das estações na tratabilidade da água. Por isso, tem sido necessário restringir e até paralisar a estação de tratamento para realizar limpezas e aguardar a melhora da água.
O segundo fator - também relacionado às chuvas - envolve vazamentos ao longo da adutora. A elevação de um riacho que, com a força da água, deslocou uma tubulação, ocasionou a paralisação do Sistema Coletivo do Agreste, que abastece sete dos 10 municípios atendidos pela PPP. O vazamento já foi corrigido.
Importante destacar que a Agreste Saneamento realizou previamente investimentos na ordem de R$ 2 milhões na Estação de Tratamento de Água (ETA) Morro do Gaia. Esse investimento reduziu os impactos gerados na qualidade da água.
Neste momento, o Sistema Coletivo do Agreste e o Sistema Adutor do Agreste encontram-se paralisados devido às condições da água do Rio São Francisco e a Agreste Saneamento vem dando suporte a Casal no abastecimento por meio de carros pipa.
As duas empresas estão desde o início das intercorrências atuando ininterruptamente para garantir a retomada do pleno funcionamento dos sistemas e a chegada de água às torneiras dos moradores dentro dos padrões esperados. Lamentamos os transtornos causados e aproveitamos para pedir a compreensão da população. Eventos como este fogem da esfera possível de atuação e se faz necessário que as condições climáticas melhorem.
A Agreste Saneamento reforça o seu compromisso no cuidado com a água, as pessoas e a preservação ambiental e solicita que a população, neste momento, utilize o recurso hídrico com ainda mais racionalidade, até que a situação se normalize.
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