Interior

Povoado de Arapiraca tem marcas da presença indígena em terras agrestinas

Achado arqueológico foi alvo de estudos da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal)

Por Davi Salsa 19/04/2022 13h54 - Atualizado em 19/04/2022 14h15
Povoado de Arapiraca tem marcas da presença indígena em terras agrestinas
Camponeses fizeram a descoberta por acaso - Foto: Reprodução

A área rural de Arapiraca é conhecida nacionalmente pela riqueza de suas terras para a agricultura, mas também registra achados arqueológicos da presença dos primeiros habitantes do Brasil: os índios

No ano de 2010, moradores do povoado Alazão, durante o preparo de um terreno para o cultivo da mandioca, ao lado da construção de um imóvel, os agricultores encontram uma igaçaba - vaso funerário em cerâmica utilizado como urna funerária pelos indígenas, enterrado a poucos metros da superfície do solo.

Dentro da igaçaba havia fragmentos de uma ossada humana. Pesquisadores da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) estiveram no local e confirmaram o achado arqueológico.

O vaso cerâmico com os restos mortais de um indígena foi levado para o campus da instituição, em Arapiraca, para estudos e a troca de informações com outros centros de pesquisa no estado e outras parte do Brasil.

Costumes

Além de Arapiraca, os achados de igaçabas também foram encontradas em outros municípios de Alagoas, a exemplo de Limoeiro de Anadia, Atalaia e Palmeira dos Índios.

Hoje, dia 19 de abril, comemora-se o Dia dos Povos Indígenas do Brasil. De acordo com historiadores, as igaçabas, os potes cerâmicos, serviam para o armazenamento de restos mortais e objetos ligados aos mortos. Em seus ritos funerários, os corpos eram colocados nestas grandes urnas, que variavam de tamanho conforme o ritual.