O projeto Orla dos Milagres, considerado como o mais ousado projeto de urbanização e recuperação turística de um trecho de orla marítima, localizado na praia de São Miguel dos Milagres, que já passou por 3 gestões e ainda não saiu do papel, vem enfrentando uma série de obstáculos para sua realização. Nos últimos dias, e sobretudo, durante o carnaval, empresários que exploram legalmente uma área destinada exclusivamente para restaurantes, vem denunciando a invasão por parte de populares, que estão invadindo a calçada do passeio do início até o fim do estacionamento, criado para que turistas e locais pudessem estacionar seus carros sem ter que colocar veículos na área de restinga.

Marcelo Peixe Frito, um dos mais antigos empresários que possuem restaurante em frente ao mar, afirma que os últimos dias, além do acúmulo de lixo, as estruturas irregulares aumentaram. ``A orla da praia da São Miguel dos Milagres é uma das áreas mais nobres da Rota Ecológica, e está sendo invadida por populares, colocando suas estruturas irregulares na calçada do passeio do início do estacionamento da orla, uma das regiões mais valorizados do Brasil´´, afirma o comerciante.

Para ele, o trecho em questão está virando uma verdadeira favela, pois além de estar impedindo pedestres, moradores e turistas de transitarem com a devida segurança pela calçada, as pessoas estão tendo que transitarem pelo meio da rua, num verdadeiro desrespeito com a população. O que se viu durante o carnaval é que a área que serve para estacionamento de veículos, está sendo utilizada para colocação de mesas e cadeiras.

Outros comerciantes, que pediram para não ter seus nomes divulgados, querem saber até que ponto a prefeitura está ciente dessas irregularidades, pois o local precisa ser fiscalizado com urgência. Eles inclusive querem chamar a atenção do Ministério Público, pois atitudes dessa natureza não contribuem em nada para o desenvolvimento do município, muito pelo contrário, está causando verdadeiro constrangimento aos populares que necessitam da área das calçadas para transitarem com a devida segurança. Eles querem explicações da prefeitura e o apoio do Ministério Público para coibir tais irregularidades.