Interior

Monjas: padaria como forma econômica

É alternativa das beneditinas para ações sociais em Arapiraca, com o lema de alimentar o corpo e o espírito

Por Texto: Davi Salsa com Tribuna Independente 24/07/2021 10h17
Monjas: padaria como forma econômica
Reprodução - Foto: Assessoria
Com o lema de alimentar o corpo e o espírito, as monjas beneditinas do Mosteiro da Natividade do Senhor, na cidade de Arapiraca, construíram uma padaria artesanal com o propósito de ajudar no sustento da instituição religiosa e, também, realizar obras assistenciais e ajudar pessoas mais necessitadas da comunidade. “Os nossos trabalhos manuais, a priori, são voltados para manutenção do mosteiro, já que não temos outra verba além desse nosso sustento e das doações que recebemos. Porém, da mesma forma que recebemos, temos o compromisso de distribuir com as famílias que acompanhamos em nossa obra social”, revela a madre Vera Lúcia Reis. Ela conta que, devido à pandemia da Covid-19, o acompanhamento que é feito com as famílias carentes está mais esporádico. “Na medida que recebemos doações, entramos em contato com as famílias necessitadas cadastradas em nosso mosteiro para fazermos as entregas”, explica. Auxílio A madre também afirma que raros são os dias em que pessoas não batem à nossa porta pedindo auxílio. “Sempre o que temos no momento, nós dividimos”, relata. Produção A Padaria do Mosteiro tem uma produção quinzenal de variados tipos de bolos artesanais, biscoitos, panetones, sequilhos, entre outros produtos. Madre Vera Lúcia Reis diz que a instituição religiosa ainda não dispõe de estrutura ampliada para ter uma produção diária ou semanal. Em média, a indústria artesanal produz 20 unidades de bolos, 40 pães de diversos sabores e 30 pacotes de biscoitos, além de encomendas por meio de contato telefônico. Localizado no bairro Boa Vista, o Mosteiro da Natividade do Senhor foi instalado definitivamente há 16 anos em Arapiraca, após breve transferência no ano de 2003. Na instituição vivem seis monjas perpétuas e duas professas de votos simples. Todas pertencem à Ordem de São Bento, que é a mais antiga da Igreja Católica e remonta há 15 séculos. Por meio de um projeto de lei, aprovado pela Câmara de Vereadores, a instituição tornou-se de utilidade pública no ano de 2017.