Cidades

Praias: línguas sujas afetam turismo em Alagoas

Carregados pela chuva, por riachos e córregos urbanos, lixo e dejetos continuam se acumulando na areia litorânea

Por Texto: Claudio Bulgarelli – Sucursal Litoral Norte com Tribuna Independente 19/06/2021 11h12
Praias: línguas sujas afetam turismo em Alagoas
Reprodução - Foto: Assessoria
Carregados pela chuva, mas na maioria das vezes por riachos e córregos urbanos, lixo e dejetos continuam se acumulando na areia das praias alagoanas, levados através de tubulações de drenagem pluvial, seja na capital, ou nas paradisíacas praias do litoral. As chamadas “línguas sujas” são marcas de esgoto manchando cartões postais. Em Maceió a situação ainda pode ser encontrada em alguns pontos nas praias do Sobral, Avenida, Pajuçara, Jatiúca e mesmo na badalada Ponta Verde, além da praia de Cruz das Almas e Jacarecica. A situação deixa uma má impressão nos turistas. Um dos problemas é que as galerias foram feitas para escoar a água das chuvas, mas, devido às ligações clandestinas de residências, condomínios e empreendimentos, a água fica contaminada. Ao longo do litoral essas línguas aparecem, em menor escala, na praia urbana de Paripueira, em alguns pontos da Ilha da Croa, na Barra de Santo Antônio; na Barra de Camaragibe; na praia de Salinas, em Porto de Pedras e em algumas praias de Maragogi. Agora, pelo menos em Maceió, a prefeitura firmou parceria para tentar eliminar as línguas sujas da orla. A secretaria municipal de Turismo, Esporte e Lazer (Semtel), acredita que a solução dos problemas nas praias da capital podem ser resolvidos através de uma Parceria Público-Privada, tanto é que a pasta tem discutido, junto à Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Alagoas (Ademi – AL), uma parceria para valorização da orla com a adoção das estações elevatórias de drenagem. Estas estações realizam o tratamento de esgoto e promovem a melhoria da balneabilidade das praias urbanas. A possibilidade da ação conjunta foi anunciada em reunião entre a secretaria e membros da associação. Dados Segundo dados do Grupo de Trabalho, formado a pedido do prefeito JHC, há onze estações elevatórias que tratam o esgoto e dão o devido encaminhamento aos efluentes que chegam dos empreendimentos e moradias da orla marítima. Dessas, apenas cinco estão em funcionamento. Com a parceria, a expectativa é que além das onze existentes – que precisam ser recuperadas por conta das chuvas e dos efeitos da maresia ao longo do tempo -, mais seis devem ser instaladas na orla da capital. A proposta apresentada está em fase de análise, pois o executivo é quem deve desenvolver o projeto base. Para dar celeridade a essa demanda, a Gerência da Orla, coordenada pela Semtel, junto à equipe do GT da prefeitura, tem realizado visitas técnicas para elaboração do projeto, orçamentos e viabilidade técnica.