Interior

Arapiraca: conselheiro diz que pandemia coloca crianças em risco

Gustavo Porto alerta para os cuidados na pandemia da Covid-19

Por Davi Salsa com assessoria 08/12/2020 14h53
Arapiraca: conselheiro diz que pandemia coloca crianças em risco
Reprodução - Foto: Assessoria
A pandemia do novo Coronavírus ( traz à tona uma preocupação redobrada com a população em maior estado de vulnerabilidade do país: além dos idosos e grupos de risco, as famílias de comunidades pobres, moradores de rua e, em especial, crianças e adolescentes, prioridade absoluta de acordo com a Constituição Federal. “A pandemia mostra a fragilidade das políticas voltadas a essas pessoas, que já vinham ocupando menos espaço no orçamento doméstico, apontando ainda claramente, a desigualdade social no Brasil, que pode ser ainda mais perversa com essas camadas da população em situações-limite”, disse o conselheiro tutelar em Arapiraca, Gustavo Porto de Oliveira. Entre outros problemas sérios enfrentados pelos conselheiros, de acordo com Gustavo Porto, está a evasão escolar, onde as crianças devido a pandemia ficaram em casa, em tese, porque saem pela manhã e permanecem grande do dia nas ruas, pedindo esmolas e até se prostituindo, garante ele. “Durante esse ano de 2020, foram mais de 120 atendimentos, enfrentando uma grande dificuldade nesse primeiro ano, como a evasão escolar por conta do Covid-19, aumentando a essa evasão escolar, onde as crianças que ficam nas ruas, correm o risco de sofrerem violência sexual, serem obrigadas a se prostituírem e até entrarem no mundo das drogas”, pontuou Gustavo Porto. Segundo o conselheiro tutelar, é uma luta diária, onde na maioria das vezes, as pessoas com receio de algum tipo de represália, especialmente por membros da família, onde essa violência tem início, não denunciam, deixando evidenciado o aumento no número dos casos. Gustavo Porto vai mais além ao fazer uma análise sobre o assunto, afirma que mesmo para as crianças em estado de vulnerabilidade que ficam em casa, outros riscos podem se apresentar, lembrando que os adultos também estarão em casa e que a quarentena do coronavírus deflagra as violações que não foram pensadas de forma global nas políticas públicas, atendendo crianças e adolescentes em todas as suas necessidades. “É um momento crítico e isso ficará mais evidente com a impossibilidade de ir à escola e sair de casa. Muitas famílias não têm o que comer. Em outras, as relações familiares são inexistentes e assim por diante”, conclui ele.