Interior

Jornalista publica NOTA DE REPÚDIO contra atitude de candidato a prefeito de Igaci

Grazi afirma que sua intenção não é atacar, mas defender o jornalismo sadio que o Estadão Alagoas exerce

Por Redação 11/11/2020 18h50
Jornalista publica NOTA DE REPÚDIO contra atitude de candidato a prefeito de Igaci
Reprodução - Foto: Assessoria
 NOTA DE REPÚDIO:  Fui sentenciada em maio a retirar do ar uma matéria baseada em um acórdão judicial, que relatava à época numa postagem publicada em 2018, que o ex-prefeito de Igaci,  Petrucio Barbosa estaria inelegível. E naquele momento estava! Lembrando que nem tudo que é legal, é moral! Ontem (terça-feira) fui procurada pelo Presidente Nacional do Movimento dos Trabalhadores do Campo, Adriano Ferreira, que relatou agressão sofrida por supostos correligionários de Petrúcio Barbosa, inclusive, por meio de vídeo. Apenas transcrevi o relato do rapaz, jornalisticamente falando. E nesta quarta-feira, fui surpreendida com uma matéria politiqueira de um site de Palmeira dos Índios e comentários duvidosos nas redes sociais do Estadão Alagoas, como forma de neutralizar os fatos das supostas violências políticas praticadas na nossa vizinha Igaci. A “mácula” de um verdadeiro jornalista será sempre dizer a verdade. Eu sei o que é isso! Nego-me a acreditar, estamos em 2020 e o coronelismo tenta imperar, mas nada vai me calar, a não ser que seja à base da bala.  Mais fácil apontar o jornalista que apenas cumpre seu papel de relatar fatos, temos um exemplo claro em Alagoas, o jornalista Edmilson Teixeira, que recentemente foi atacado nas redes sociais e em sites duvidosos por relatar fatos. Mais fácil o político sem argumento atacar o jornalista do que se defender das acusações. O espaço permanece aberto. Minha intenção não é atacar, mas defender o jornalismo sadio que o Estadão Alagoas exerce. Expor jornalistas à humilhação por cumprir o seu papel, é crime! A censura costuma revelar não apenas autoritarismo, mas a fraqueza encoberta pelo poder. Em plena democracia, o Estadão Alagoas vem sendo alvo de censura. O periódico vai passar a ter neste site, uma página dedicada ao tema a partir de agora. Em 2016, o Estadão sentiu o peso da “injustiça” quando foi alvo de ação judicial coordenada pelo ex-secretário de educação de Palmeira dos Índios, Luiz Lobo, apontado em rede nacional na Rede Globo por desvio de verba. Apesar dos fatos, fui sentenciada a pagar danos morais a quem usurpou os cofres públicos. A investida ocorreu após uma série de reportagens publicadas sobre uso irregular de recursos. Em quase 15 anos de jornalismo, essas duas ações contra mim e o Estadão Alagoas, foram sem dúvida, a maior arbitrariedade que já experimentei. Fica aqui meu voto de indignação por atos covardes, autoritários e sem precedentes. A democracia é uma planta frágil, que requer cuidados diários e permanentes esforços para aprofundá-la e aprimorá-la. Os governantes  ou postulantes devem dar bons exemplos, reafirmando os princípios democráticos e demonstrando tolerância com as críticas. Agir de modo diferente é dificultar o livre exercício do jornalismo. É inadmissível que políticos, gestores e postulantes se escorem em legislações obscuras para disfarçar a censura. A inovação, aquilo que o Estadão Alagoas tem como marca desde que foi lançado, não pode ser calada para atender aos caprichos de qualquer que seja o grupo – sobretudo em ano eleitoral. Entidades defensoras da liberdade de imprensa já se manifestaram em solidariedade ao grupo Estadão Alagoas. A todos, o nosso agradecimento! Grazianne Maria Duarte Silva