Interior

Jornalista acusado de publicar fake news esclarece que material segue ética profissional

Assessor político de candidato a prefeito no interior, após ter vídeo divulgado nas redes sociais supostamente portando arma de fogo em caminhada e com material publicado em sites de notícias acusa jornalista de propagação de notícia falsa

Por Tribuna Hoje 09/10/2020 13h27
Jornalista acusado de publicar fake news esclarece que material segue ética profissional
Reprodução - Foto: Assessoria
Após denúncia de ter sido flagrado portando uma arma em caminhada, o assessor do candidato a prefeito Josias Aprígio, em Minador do Negrão, Hélder Ferro, agora acusa o jornalista que fez o material de divulgar fake news. No entanto, o jornalista esclarece que o material divulgado foi com base em informações passadas por uma fonte da própria cidade e com publicação de vídeos e imagens nas redes sociais. https://youtu.be/Fa7LYBJa3pQ Além disso, o jornalista Edmilson Teixeira apurou que há uma representação junto ao Ministério Público (MP). A coligação “Unidos para a paz continuar”, teria formalizado a denúncia (conforme documento abaixo) através do seu adversário Emílio Barros (PDT). O documento mostra que a denúncia foi formalizada. [caption id="attachment_404243" align="aligncenter" width="392"] Print do documento da denúncia formalizada[/caption]   Vale lembrar que o material não acusa Hélder Ferro, apenas transmite as informações passadas pelas fontes e a partir dos vídeos. E agora cabe à Justiça Eleitoral realizar as investigações, apurar as denúncias e assim, realizar os procedimentos cabíveis. O jornalista lembra ainda que após a divulgação do material, o próprio Hélder teria entrado em contato com ele para contestar a publicação. “Eu falei que o material foi baseado em informações de fontes que estariam com fotos, vídeos e a documentação da denúncia formalizada. Ele perguntou se teria como provar. Eu disse que sim, pois estaria com as informações. E depois disso, ele ficou calado’’, disse o jornalista Edmilson Teixeira, que afirma que o material foi feito de forma ética e profissional. DIREITO DE RESPOSTA "Pessoal, sou Helder Ferro, eleitor e voluntário da campanha a prefeito de Josias Aprígio, em Minador do Negrão. Recentemente, fui vítima de uma fake news, produzida de forma irresponsável e tendenciosa pelo jornalista Edmilson Teixeira. Um jornalista que tem a fama no Estado de extorquir políticos. Aquele político que não paga, o Edmilson Teixeira faz matérias o criticando e divulgando inverdades. Isso não é jornalismo: é um desserviço à população. Um bom jornalista teria ouvido todas as partes envolvidas. Mas ele, como deve estar sendo pago para atacar de qualquer forma nosso candidato, não está preocupado com ética ou profissionalismo. Ele está apenas preocupado com o trocado que vai receber no final do mês. Solicito o direito de resposta pelo veículo de comunicação que reproduziu a fake news e esclareço que: 01 - não sou assessor do candidato Josias Aprigio; sou eleitor e presto serviço voluntário; 02 - não uso nenhum tipo de arma de fogo; 03 - o objeto que aparece na imagem é um rádio comunicador que usamos para comunicação interna entre os colaboradores da campanha; 04 - sou um pai de família, trabalhador e que teve a dignidade e a honra ferida; exijo respeito e por fim, solicita que a Justiça Eleitoral tome as providências para combater esse tipo de prática criminosa, que o jornalista Edmilson Teixeira se retrate diante do material que produziu de forma irresponsável, e que este direito de resposta seja publicado na íntegra." Já Edmilson Teixeira esclarece que o material foi conduzido com profissionalismo: ‘’A matéria afirma claramente a medida da coligação Unidos para a Paz que confeccionou um relatório através de sua assessoria jurídica, a fim de tomar as medidas cabíveis junto a Justiça, sobretudo amparada com fotos e vídeo do flagra. Todo esse material eu recebi como eu mandei pra você em seguida depois que você entrou em contato comigo. Pois se você comprovar que não houve esse tipo de atitude (de que o caso não está sendo levado para a justiça- como foco da notícia) por parte de seus adversários; aí sim eu concordo que foi uma matéria com o sabor de  fake news. Agora fake News é o que foi preparado no texto acima, dando conta de que eu tenho fama de extorquir políticos. Veja bem, são mais de 25 anos de credibilidade no mercado da comunicação de Alagoas. Não é à toa que hoje eu integro a diretoria do Sindicato dos Jornalistas do Estado, escrevo diariamente para jornal Tribuna Independente, site Tribuna Hoje, tenho blog no Cada Minuto, e um outro na plataforma do Repórter Maceió, sem falar numa agência de notícias implantada há 26 anos trabalhando para conceituados clientes no mercado; tudo isso é fruto do conceito e do caráter que adotei nesse meu jeito de ser. Agora sim, esse seu “assessor” que elaborou aquele texto acima contra a minha pessoa, esse elemento sim, não tem um valor sequer de um centavo na Praça, como todos sabem em Alagoas. Trata-se de um elemento perigoso, desmoralizado e sem caráter.  Por sinal, essas fortes acusações contra meu profissionalismo, sobretudo por uma  matéria produzida em cima de fatos, fotos e vídeo, vão sobrar pra você, Hélder Ferro, visto que estou acionando o meu advogado, a fim de tomar as providências cabíveis, por danos morais e falta de respeito’’. O CASO Um vídeo gravado por partidários e distribuído em vários grupos de WhatsApp teria causado pânico na cidade de Minador do Negrão. Na gravação, Hélder Ferro estaria portando uma arma de fogo. Para os moradores era uma forma de intimidação. Desde então, Josias está sendo alvo de representação junto ao Ministério Público (MP). A coligação “Unidos para a paz continuar”, teria formalizada a denúncia (conforme documento acima) através do seu adversário Emílio Barros (PDT). O candidato Emílio Barros defende a tese de que houve crime eleitoral de intimidação de eleitores, porque havia um cabo eleitoral armado na caminhada progressista. Com isso, Josias Aprígio deve ser alvo de investigação solicitada ao MP. Na denúncia, o candidato é acusado de “permitir que seus apoiadores desfilem com armas de fogo”.