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Rota Ecológica se prepara para reabrir em julho

Notícias de que empresas aéreas poderão retornar em breve com voos para Maceió movimenta cadeia do turismo da região

Por Texto: Claudio Bulgarelli – Sucursal Região Norte com Tribuna Independente 27/06/2020 08h32
Rota Ecológica se prepara para reabrir em julho
Reprodução - Foto: Assessoria
As notícias de que as empresas aéreas poderão retornar em breve com voos para Maceió e outras capitais do Nordeste, aliado ao movimento rodoviário de turistas que já estão chegando para cidades balneárias, como São Miguel dos Milagres e Porto de Pedras, tem movimentado toda a cadeia produtiva do turismo na Rota Ecológica. Esse efeito também tem produzido resultados nas agências e operadores de turismo em Maceió, que se preparam para reabrir diante de consultas e reservas para possíveis passeios no mês de julho. A Pergentino Turismo, por exemplo, do empresário Diogo Anário, que realiza passeios em vans e micro ônibus para todas as áreas turísticas de Alagoas, com foco para São Miguel dos Milagres e Maragogi, já anunciou que o início das atividades de passeios turísticos vai acontecer a partir de 6 de julho, motivado pelo aumento de reservas de turistas de outros estados. “Estamos fechados desde 20 de março, sem turista, sem hóspedes nos hotéis, sem aviões. Tivemos um enorme prejuízo. Agora aos poucos, começam a aparecer interessados locais e de fora de Alagoas em nossos passeios. Vamos iniciar nosso foco em São Miguel dos Milagres e Maragogi. Esperando que até essa data as visitas as piscinas naturais e as galés já estejam liberadas”, afirma o empresário. Nessa boa onda o primeiro e único hotel fazenda da Rota Ecológica, o Cambará, no Passo de Camaragibe, também já anunciou sua reabertura para o dia 1º de agosto. Segundo a empresária Yara Menezes, foi baseado nas diversas experiências de sucesso da hotelaria das serras catarinenses, que foram as primeiras abrir na Região Sul, que o Cambará se prepara. “Acho que definitivamente, como forma de diversificar e se reinventar roteiros e destinos de turismo e, além disso, pensando na segurança do hóspede, ou seja, do turista, os empreendimentos e seus colaboradores, têm elaborado novos roteiros que privilegiam experiências ao ar livre. Assim nossa estratégia foi desenvolvida a partir da percepção da necessidade de estar em contato com a natureza”, avalia a empresária. Destinos turísticos de curta distância serão os primeiros Segundo uma das principais plataformas de hospedagem online do mundo, as reservas para viagens domésticas vêm crescendo em países como Estados Unidos, Alemanha, Portugal e Coreia do Sul. De acordo com a empresa, a demanda por destinos dentro de um raio de 320 quilômetros de onde residem os usuários cresceu de cerca de um terço para mais da metade do total de reservas. De acordo com uma pesquisa do TRVL LAB (Laboratório de Inteligência de Negócios em Viagens), o turismo regional e rodoviário será o primeiro a retomar, seguindo o comportamento das pessoas de evitarem viagens longas. Entre os destinos prediletos dos viajantes deverão estar às praias. Além de estarem evitando aglomerações e viagens de avião, os turistas também deverão preferir casas a hotéis para se hospedar. O turismo de experiência é outra tendência para o pós-pandemia, segundo análise feita pela consultoria Lab Turismo para o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). O estudo aponta que os temas saúde, família, humanização, sustentabilidade e hiperconexão darão a tônica do setor a partir de agora. Ainda de acordo com a análise, a vivência com familiares e amigos será priorizada. Com isso, destinos que estimulem esse tipo de experiência tendem a ter vantagem competitiva. O estudo destaca a tendência de humanização e respeito ao meio ambiente. “A partir de agora, o viajante estará muito mais atento às possibilidades de contribuir com cada destino que visita e deixar uma marca positiva, respeitando seu ambiente e sua sociedade”, afirma o relatório. Renegociar contratos e custos é prática essencial A pandemia do novo coronavírus vem transformando a humanidade e, consequentemente, os negócios. Se adaptar renegociando contratos foi uma alternativa encontrada por empresários para diminuir prejuízos financeiros causados pelo cenário do isolamento social e resistir de pé a esta tempestade. Um movimento, especialistas apontam, necessário à sobrevivência e competitividade no mercado. A Maritime Ship Service, empresa alagoana fornecedora de produtos e serviços a embarcações, começou a se preparar mesmo antes da pandemia ganhar esta proporção no Brasil. Como atende clientes nacionais e internacionais, seu planejamento começou ainda em dezembro de 2019, enquanto o isolamento em Alagoas começou apenas em março passado. Segundo Thiago Nascimento, sócio-diretor da Maritime, a primeira ação da empresa foi reunir seus líderes para fazer uma análise de todas as linhas do demonstrativo de resultado, além de buscar aproximação dos fornecedores e clientes. “Intensificamos o contato com nossos fornecedores para sentir se teríamos desabastecimento ou redução de prazo para pagamento. Diariamente tínhamos reunião de alinhamento com o setor de Compras para entender o cenário com os fornecedores. Monitoramos mais de perto os clientes para entender a tendências de aumento de prazo para pagamento e tivemos que flexibilizar um pouco, conceder-lhes um prazo maior”, revelou Thiago. Outro ponto importante para apertar os cintos e prevenir demissões durante a pandemia foi a suspensão temporária de benefícios dos colaboradores, mediante acordo mútuo.