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Litoral Norte alagoano possui 130 quilômetros de praias

Rios, manguezais e as mais belas piscinas naturais do Nordeste também compõem a paisagem da famosa região do estado

Por Claudio Bulgarelli - Sucursal Litoral Norte com Tribuna Independente 01/02/2020 10h20
Litoral Norte alagoano possui 130 quilômetros de praias
Reprodução - Foto: Assessoria
O Litoral Norte de Alagoas é um roteiro que tem tudo a ver com o verão, especialmente esse de 2020, com altas temperaturas e pouco vento mesmo nas cidades litorâneas.  Claro que desfrutar da estação mais quente do ano nas praias é um privilégio, ainda mais se o destino escolhido for os balneários da Área de Preservação Ambiental Costa dos Corais, região que ganhou este nome por possui, a poucos quilômetros da costa, uma das maiores barreiras de corais do mundo. Os quase 130 km de praias, partindo de Ipioca, até Maragogi, possuem atrativos turísticos de encher os olhos de qualquer, com um conjunto de praias, rios, manguezais e piscinas naturais dignas de cartão postal. Ipioca é um lugar para ser apreciado por diversos ângulos. Do alto, a vista exuberante da praia de areias brancas, mar azul e coqueirais que dão charme ao lugar é compensadora, e vale a subida pelas ruas estreitas do bairro. De baixo, o prazer de quem chega é de fato apreciar cada trecho da extensa faixa de areia, do mar calmo com suas diversas piscinas naturais e das sombras dos coqueirais. Neste paraíso tropical, os aromas e sabores também são sedutores. Seja no restaurante localizado no alto e na beira da praia, como em algumas simples barracas montadas pelos moradores no entorno da rodovia, que oferecem da fruta da estação aos doces e frutos do mar comercializados ainda frescos. Na última praia do Litoral Norte de Maceió, o verão se torna uma estação mais do que atrativa. Principalmente diante do reduzido número de pessoas que frequentam o local, que, apesar da urbanização, se mantem em muitos trechos como uma praia quase deserta.Em Paripueira vale explorar, com paradas demoradas para banho de mar e contemplação, as praias de Costa Brava, o rio e a praia de Sonho Verde. Para quem busca um pouco mais dos atrativos, as piscinas naturais de Paripueira são um convite à contemplação e ao mergulho. Lá, além das formações de corais é possível mergulhar ao lado de cardumes de pequenos peixes e outras espécies marinhas. Localizadas a 2 km da praia o passeio até as piscinas naturais é feito de catamarã ou de lancha. As piscinas fazem parte do Parque Marinho Municipal e tem mais de seis quilômetros de extensão. Águas cristalinas, prática de snorkel e grande diversidade de peixes, corais e espécies marinhas são os ingredientes do passeio. Na Barra de Santo Antônio, para se chegar ao mar é preciso atravessar o rio pela ponte construída anos atrás até a península conhecida como Ilha da Croa. De lá o visitante tem a opção de desfrutar de um dos trechos da praia local ou seguir de carro até a famosa praia de Carro Quebrado, passeio que deve ser feito em maré baixa, mas somente a pé, já que veículos são proibidos. Considerada uma das praias mais bonitas do Brasil, Carro Quebrado conquista pelo conjunto de falésias com areias coloridas e mar em tom esverdeado. Apesar da dificuldade do acesso, Carro Quebrado é um lugar que o sacrifício já compensa no trajeto, devido às belezas naturais que acompanham o visitante a cada passo. [caption id="attachment_353014" align="aligncenter" width="395"] Praia em São Miguel dos Milagres, considerada a capital da Rota Ecológica do Litoral Norte (Foto: Claudio Bulgarelli)[/caption] Os incríveis cenários que compõem a Rota Ecológica Nosso roteiro turístico chega finalmente na conhecida e famosa Rota Ecológica, passando pelos municípios históricos de Passo de Camaragibe, São Miguel dos Milagres e Porto de Pedras. Nesse trecho vamos encontrar o primeiro hotel fazenda da região, as pousadas de charme, o santuário do peixe boi marinho, as igrejas seculares e praias que ocupam lugar de destaque no cenário do turismo nacional, como a do Toque e a do Patacho. Passo de Camaragibe. No caminho para o litoral encontramos o primeiro hotel fazenda da região, o Cambará. Mas somente alguns quilômetros depois o azul turquesa do mar nos presenteia a estrada parque que dá realmente início a Rota Ecológica. Estamos em Barra do Camaragibe, pequeno povoado que apresenta uma modesta estrutura para o turismo com uma pousada e dois restaurantes. Mas os cenários são de tirar o folego. Depois de cinco minutos de carro, entre coqueirais e condomínios, que vão alterando novamente o cenário, dá também para desfrutar da tranquilidade da Praia de Marceneiro, vila de pescador que ainda resguarda pontos bucólicos sombreados por coqueirais, lugar propício para quem busca diversão tranquilidade em meio à natureza e famosa por ser a praia onde acontece o réveillon dos Milagres. Enfim a 85 km da capital se chega ao coração da rota e a cidade que empresta um dos seus nomes a esse famoso trecho do litoral alagoano. São Miguel dos Milagres, considerada a capital da Rota Ecológica, é o principal munícipio desse trecho também denominado de Rota de Charme do Litoral Norte. Essa antiga vila de pescadores se transformou nos últimos 10 anos em um destino de requinte. Com paisagem bucólica formada por praias pouco frequentadas de águas mornas e imensas faixas de coqueirais, a cidade, com aspecto de povoado, possui ritmo lento, tranquilo e excelentes pousadas, muitas de nível internacional. Para completar e fechar a Rota Ecológica se chega a Porto de Pedras. Logo de cara o imenso farol no alto do morro dá as boas vindas a quem chega à cidade. Dividido entre o mar e o Rio Manguaba, o lugar que possui construções históricas da época da ocupação portuguesa e holandesa em Alagoas, é conhecida também como a cidade santuário do peixe-boi marinho, que fica no povoado de Tatuamunha. Bonita por natureza, Porto de Pedras abriga praias dignas de cartão postal, a exemplo de Patacho e Lage. Outro ponto que vale ser visitado por quem está na região é o povoado Tatuamunha, com casarios históricos e onde é possível fazer o famoso passeio em jangada pelo rio com os jangadeiros da Associação dos Observadores do Peixe Boi. O passeio inclui andar pela ponte de madeira, apreciar imensos manguezais preservados e talvez até encontrar os donos do lugar, os peixes-boi, cada vez mais arredios pelo excesso de embarcações no rio.