Interior

Morre aos 84 anos fazendeiro vaqueiro que Mano Walter fez uma canção de sucesso  

Eterno Ze Dinga deixou saudades eternas aos Filhos, Noras, Netos, Bisnetos, parentes e amigos.

Por Edmílson Teixeira 25/10/2019 10h34
Morre aos 84 anos fazendeiro vaqueiro que Mano Walter fez uma canção de sucesso  
Reprodução - Foto: Assessoria
Morreu nesta tarde, de ontem quinta-feira em Maceió, José Ferreira Cavalcante , popularmente Zé Dinga de Quebrangulo.  Vaqueiro de tradição na região de Quebrangulo, Zé Dinga ficou marcado com a história cantada numa canção  gravada pelo badalado cantor quebrangulense,  Mano Walter  denominada de “Gibão Velho Remendado". “O polivalente vaqueiro como era tido no interior alagoano, tinha 84 anos, pois ele  não resistiu ontem, após uma infecção no intestino, falecendo  no Hospital Geral do Estado. Zé Dinga nasceu no sítio Laje, lá em Quebrangulo e passou sua vida negociando com gado, compra e venda de animais desse segmento,  e seus esportes eram as festas de pega de boi no mato” comentou a neta Jéssica Cavalcante. Hoje a família chora de saudade. O corpo está sendo velado na Fazenda Pau-Sangue Zona Rural de Palmeira dos Índios. Eterno Ze Dinga deixou saudades eternas aos Filhos, Noras, Netos, Bisnetos, parentes e amigos.   Música "Gibão Velho Remendado" de Mano Walter Meu gibão velho remendado, de tanto eu correr rasgou, me faz lembrar ao passado, nos tempos do meu avô, Em 98 anos, veio um cristão desumano, levou, me deixo impando.  sentindo tristeza e dor. Ninguém somava o valor daquele velho gibão, um vaqueiro sem pudor, me fez essa traição, usar outro não tem jeito, me sito insatisfeito, porque veio mal sujeito, levou meu gibão de couro. Meus olhos são rio de choro, no meio da rapaziada, não inveje seu colega, quando ele entrar na mata fechada, Já foi meu gibão meu gorro. Sem meu gibão eu não corro, de desgosto eu quase morro, pra mim morreu vaquejada. Tantas festas organizadas, pra corre boi na madeira, dez gibão novo não serve, pra mim dá uma carreira, E o consolo é quem me resta, quebrar meu chapéu na testa ficar bebendo nas festas, de guarda peito e perneira. E eu peço a classe vaqueira, que brinque sem ter desaforo, não inveja sem colega, quando ele pegar um touro.  são palavras de Zé Dinga que se afastou da caatinga por que levaram a minguá seu gibão velho de couro