Interior

Falta água em municípios do Litoral Norte alagoano

Presença de milhares de turistas, altas temperaturas, baixo investimento e a pouca chuva do inverno causam problemas

Por Texto: Claudio Bulgarelli – Sucursal Região Norte com Tribuna Independente 05/01/2019 12h28
Falta água em municípios do Litoral Norte alagoano
Reprodução - Foto: Assessoria
O verão apenas começou e os problemas provocados por falta de água já trazem sérios prejuízos para a população de alguns municípios do Litoral Norte de Alagoas. O menor índice de chuvas durante o inverno, baixo investimento no setor, altas temperaturas e a presença de milhares de turistas durante as férias são os principais fatores para agravar o problema. A falta de água começou junto com protestos dos moradores do povoado São Bento, em Maragogi, que estão sofrendo ultimamente com a falta d′água na comunidade. De acordo com moradores, há localidades que o desabastecimento já totaliza 10 dias. O sofrimento é ainda maior nesses dias para as crianças e idosos. Para completar a situação, com a chegada do verão a temperatura aumenta consideravelmente e o número de turistas cresce. Com um maior número de pessoas na comunidade, o uso e a necessidade do líquido aumenta. O fornecimento é de responsabilidade do Sistema Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) da cidade, que garantiu que nos próximos dias vai tentar encontrar uma solução, cavando novos poços. Em Paripueira, a situação tem se agravado nos últimos dias, tanto é que em reunião com o diretor-presidente da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), Wilde Clécio, a deputada estadual Cibele Moura e o prefeito municipal, Haroldo Nascimento, cobraram medidas incisivas a respeito do descaso no abastecimento de água na cidade. Para combater o inconveniente, a parlamentar recém-eleita já se coloca como principal pivô de ligação entre a prefeitura e o setor responsável pelo serviço. Durante a reunião, o titular da pasta garantiu mobilidade e prontidão da companhia para contornar o sistema de suprimento de água na região em tempo hábil. Ele afirmou que o contratempo se deve a uma soma de fatores que implicam diretamente na eficiência do fornecimento do município. A deputada, por sua vez, reputou o desserviço como um absurdo perante os cidadãos de Paripueira que procuram honrar o compromisso de manter suas faturas rigorosamente em dia e, que, em contraponto não vêm dispondo de água em suas torneiras. Já os moradores da comunidade da Rua da Jaqueira, em Japaratinga, também continuam reclamando da falta d′água. O problema em algumas residências acontece desde dezembro e a situação se agravou durante os feriados de Natal e Ano Novo. A população reclama do problema e diz que a situação se agrava principalmente com o início do verão e nos grandes feriados. Os moradores dizem que falta água até para tomar banho e fazer as utilidades do lar, como lavar pratos e roupas. Eles dizem ainda que o problema é recorrente na comunidade da região central da cidade. Os moradores do Alto da Jaqueira ficam ainda mais revoltados com a situação quando as contas a pagar chegam às residências e o liquido se torna coisa rara na comunidade. A Assessoria de comunicação da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) informou o seguinte: “A deficiência no abastecimento dessa área de Japaratinga atinge somente 20 residências, segundo levantamento feito pela empresa. Isso ocorre por duas razões: aumento do consumo por conta da grande quantidade de visitantes na cidade, o que tira a pressão da rede, afetando a chegada da água para o Alto da Jaqueira que, como o próprio nome diz, fica numa parte mais alta, e também a perda de vazão na bomba do poço que atende à localidade. Sobre a perda de vazão, técnicos da Companhia trabalham no conserto do equipamento e preveem que até a próxima segunda-feira (7) ele esteja recuperado”.