Interior

Frigovale sofre nova ação na Justiça

Localizado em Arapiraca, frigorífico não cumpre acordo e procuradoria solicita pena de multa diária no valor de R$ 5 mil

Por Davi Salsa - Sucursal Arapiraca com Tribuna Independente 18/10/2018 08h29
Frigovale sofre nova ação na Justiça
Reprodução - Foto: Assessoria
Acusado de descumprir acordo com a Defensoria Pública de Alagoas, o Frigorífico Frigovale, localizado em Arapiraca, está sendo alvo de uma nova ação na Justiça. A Procuradoria do Município, por meio do processo número 0700434-78.2016.8.02.0058, requereu ao juiz da 4ª Vara de Arapiraca, Giovanni Jatubá, a intimação da empresa e a pena de multa diária no valor de R$ 5 mil, pelo fato de não devolver aos marchantes e fateiras as vísceras de animais abatidos no frigorífico. Há cerca de dois meses que os comerciantes de carne acionaram a empresa na Justiça, por discordarem dos valores das tarifas cobradas pelo frigorífico. Em razão disso, a maioria dos comerciantes decidiu levar os animais para serem abatidos em um frigorífico localizado em Maceió. Os marchantes e fateiras alegam que os valores do abate de animais prejudicam toda a categoria. Na época, o representante da empresa disse que estava cumprindo o contrato e a devolução das vísceras aos comerciantes de carne inviabilizaria os negócios do frigorífico. “Nosso lucro está nas vísceras dos animais abatidos, mas a empresa não devolve e insiste em descumprir o que está no contrato”, explica o presidente da Cooperativa dos Açougueiros de Alagoas (Coopal), Marlos dos Santos. Ele disse que o abate em Maceió custa R$ 15 e o matadouro não fica com as vísceras e a rabada do animal, ao contrário do que faz a Frigovale, em Arapiraca. Marlos dos Santos revelou que o custo do transporte para a capital alagoana, somado com a tarifa do abate, cada marchante paga R$ 94, enquanto a Frigovale está cobrando R$ 130 além de ficar com todas as vísceras dos animais abatidos. Mais de 100 marchantes são prejudicados   O impasse entre os comerciantes de carne e a empresa Frigovale levou a Defensoria Pública Estadual a ingressar com uma ação civil pública, na tentativa de intermediar um acordo para resolver o problema. A Prefeitura de Arapiraca também entrou no caso e, agora, solicitou à Justiça e a intimação da empresa pelo descumprimento do acordo que está prejudicando mais de 100 marchantes e fateiras do município e região. Nossa reportagem tentou entrar em contato com a gerência do Frigorífico Frigovale, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.