Interior

Exame de DNA identifica corpo carbonizado dentro de carro em Coité do Noia

Vítima é mesmo Joel Junior Pereira Nunes, filho de Joel Pereira, ex-vereador por Craíbas

Por Texto: Aarão José com Assessoria da Perícia Oficial de Alagoas 09/03/2018 16h04
Exame de DNA identifica corpo carbonizado dentro de carro em Coité do Noia
Reprodução - Foto: Assessoria
O Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística (IC) de Alagoas confirmou nesta sexta-feira, 09, que o corpo encontrado carbonizado, em janeiro, dentro da mala de um carro incendiado na zona rural de Coité do Nóia, é mesmo de Joel Junior Pereira Nunes, de 26 anos. A vítima é filho de Joel Pereira, ex-vereador de Craíbas, cidade da Região Metropolitana do Agreste, e que havia falecido de câncer uma semana antes. O exame foi realizado perito criminal Dr. Marek Henryque Ferreira Ekert especialista em perícia e genética forense, mestre em ciências biológicas e doutor em biologia aplicada à saúde. Ele explicou que recebeu 02 (dois) arcos costais e 01 (um) fragmento de tecido cardíaco retirados do cadáver não identificado, para comparar com o material genético coletado em swabs contendo secreção da mucosa bucal da suposta mãe e irmã da vitima. “Devido ao alto grau de carbonização foi bem difícil extrair o material genético para o exame. Foram necessários várias tentativas para conseguir o DNA que foi comparado com a amostra referência da suposta mãe devido a relação genética direta”, explicou o perito criminal. As amostras do material genético extraído foram submetidas, através da reação em cadeia do polimerase, à amplificação do DNA, e depois foi feito a eletroforese capilar no sequenciador genético. “Neste caso, foi necessário um empenho e tempo gasto maior no intuito de tentar fazer a extração do DNA, devido às condições da amostra recebida. Mas, o exame deu resposta de forma elucidativa, altamente confiável, dando certeza que realmente os restos mortais são da vítima”, afirmou o doutor Marek Henryque. O laudo completo foi encaminhado para o IML de Arapiraca, onde estão guardados os restos mortais da vítima, após exame cadavérico. Os materiais biológicos encaminhados e não utilizados nos exames ficarão arquivados para contra-perícia em conformidade com a legislação brasileira.