Economia

Mais de R$ 50 milhões para o Litoral Norte

Nesta estimativa estão  incluídas as festas particulares de fim de ano, que inclui o famoso Réveillon dos Milagres

Por Claudio Bulgarelli – Sucursal Litoral Norte com Tribuna Independente 02/12/2017 13h45
Mais de R$ 50 milhões para o Litoral Norte
Reprodução - Foto: Assessoria
As festas de fim de ano e a alta temporada turística no Litoral Norte devem injetar mais de R$ 50 milhões na economia das cidades litorâneas da região. Nesta estimativa estão  incluídas as festas particulares de fim de ano, que inclui o famoso Réveillon dos Milagres, que acontece na Praia do Marceneiro; o Patachow Réveillon, na praia do Patacho, em Porto de Pedras; o Aleph After Party, no Cambará Hotel Fazenda, no Passo de Camaragibe; o Réveillon do Salinas, em Maragogi; o Bitingui Réveillon, em Japaratinga, além de outras festas menores que acontecem em hotéis e restaurantes em várias outras praias. Já  alta temporada vai até o fim do Carnaval, no início de fevereiro, com ocupação quase que total das unidades hoteleiras. A previsão de aquecimento na economia da costa norte alagoana é de hoteleiros e associações ligadas ao turismo do Litoral Norte de Alagoas. Esses números se devem somente à estimativa de  gasto dos turistas durante a alta temporada, sem contar o lucro da organização das festas. Somente o Réveillon dos Milagres, que no ano passado teve uma queda de público de mais de 40%, se recuperou e pretende levar para as cidades da Rota Ecológica mais de três mil pessoas durante os cinco dias de festas, incluindo a noite do dia 31, com ingressos que vão até R$ 1.500 reais por pessoa. O Patachow, como primeiro ano, pretende levar até a Praia do Patacho mais de 500 pessoas e o Alepf After, que acontece no dia 1 de janeiro, outras 600 pessoas até o Passo de Camaragibe. A maioria desses turistas se hospedam em pousadas ou em casas alugadas da Rota Ecológica e na falta de leitos, acabam se dirigindo a Japaratinga, Maragogi e até Maceió, se deslocando todos os dias para as festas. Gastos Quem fica na Rota Ecológica, segundo a Secretaria de Turismo de São Miguel dos Milagres, Carol Lessa, vai gastar em média, durante a semana festiva, mais de 10 mil reais por pessoa, o que inclui os pacotes nas pousadas, que vão de R$ 5 mil a R$ 30 mil pela semana; casas alugadas, de R$ 2 mil a R$ 20 mil pelo mesmo período; refeições em restaurantes e pizzarias, com peixadas que podem chegar a R$ 150 reais para duas pessoas; passeios de bugue, R$ 50 reais por pessoa; passeios às piscinas naturais, pelo mesmo valor e visita ao santuário do peixe boi, no Rio Tatuamunha, com um preço que pode chegar até R$ 70 por pessoa; despesas nos mercadinhos e supermercados; compras de artesanato; gastos em combustíveis e agora vão gastar até no café gourmet, aberto recentemente em Porto da Rua, que dizem que tem em sua sociedade o ator Caio Castro, que atuará de barman no Réveillon dos Milagres. Entre pilotos de bugue, jangadeiros das piscinas e aqueles da Associação de Observadores do Peixe Boi são mais de 300 pessoas e suas famílias, sobrevivendo do turismo, somente na Rota Ecológica. Os Bugueiros levam até quatro pessoas aos passeios. As jangadas levam em média sete pessoas até as piscinas naturais e os jangadeiros de observação do peixe boi, num total de 10, podem levar somente 70 pessoas por dia até o santuário. A partir do dia 20 de dezembro e até final de janeiro de 2018, todos eles estão com ocupação de 100%. As pousadas, incluindo muitas de charme e pertencentes ao Cond Nast, num total de mais de 100, somente na Rota Ecológica, devem faturar mais de 10% em relação ao ano passado. O hoteleiro Wilson Domingos, da Recanto dos Milagres, acha que a alta temporada será uma das melhores para Alagoas, porque muitos turistas que deixaram de vir no meio do ano por causa das chuvas, reservaram para a temporada. Tales Gonçalves, da Riacho dos Milagres e Robledo Teixeira, da Don Robledo, que já estão com tudo vendido até 10 de janeiro, esperam que o movimento continue até o Carnaval, que em 2018 acontece logo no início de fevereiro, o que segundo eles, encurta a temporada. Em Maragogi, os números são exageradamente maiores e os preços também: com duas associações de bugueiros, que reúnem mais de 200 membros e dezenas de embarcações de restaurantes e hotéis, levando turistas até as galés, o movimento está garantido até o Carnaval. O polo hoteleiro, segundo maior de Alagoas, com mais de 200 empreendimentos, está todo reservado para o fim de ano e chegando aos 85% de ocupação para o mês de janeiro. Para o gerente geral do Salinas de Maragogi, Ricardo Almeida, a previsão é de uma alta temporada bastante concorrida.