Interior

Psicóloga do HE do Agreste dá dicas para prevenir acidentes com crianças

Mônica Leal alerta sociedade com informações valiosas para pais e responsáveis

28/05/2017 21h52
Psicóloga do HE do Agreste dá dicas para prevenir acidentes com crianças
Reprodução - Foto: Assessoria

Quem tem criança pequena em casa, desde recém-nascido até 12 anos de idade, sabe que é preciso ficar sempre atento para evitar que ocorra algum acidente doméstico.

A psicóloga do Hospital de Emergência Daniel Houly, em Arapiraca, Mônica Leal, alerta a sociedade com informações valiosas para que os pais e responsáveis possam prevenir afogamentos, intoxicações, queimaduras e quedas que provoquem traumas de média e alta gravidade nas crianças e adolescentes.

Mônica Leal revela que as ocorrências infantis são divididas em acidentes e incidentes domésticos.

A psicóloga explica que os acidentes são traumas que ocorrem de forma espontânea, ao passo que os incidentes domésticos são traumas voluntários, provocados pela criança ou por outra pessoa no ambiente familiar.

No Hospital de Emergência do Agreste, adianta Mônica Leal, os casos de atendimentos mais comuns referem-se a quedas, queimaduras, atropelamentos e intoxicações por contato com produtos ou substâncias químicas, álcool e detergente, por exemplo.

Negligência

“Na maior parte dos casos, a equipe médica e o setor de psicologia constata que houve negligência dos pais ou responsáveis”, afirma.

Ainda de acordo com Mônica Leal, as maiores vítimas são crianças de famílias pobres, que têm um, dois e até cinco filhos em casa.

Contudo, os acidentes domésticos também provocam  traumas em menores de famílias das classes média e alta.

“Ninguém está livre dos acidentes com crianças, mas é preciso ter cuidados primários para evitar as ocorrências”, ressalta a psicóloga, recomendando uso de grades de proteção na cozinha e tomadas de proteção nas tomadas de energia elétrica.

A especialista do Hospital de Emergência Daniel Houly também revela que os casos de afogamento podem ser evitados dentro ou nos quintais das residências.

“As pessoas usam muitos baldes para lavar roupas. Recomendo que prestem muita atenção, quando as crianças estiverem por perto, e virem os recipientes depois de utilizados”, acrescenta Mônica Leal.

No caso de intoxicações por produtos químicos ou medicamentos, a psicóloga orienta para que as pessoas não deixem os produtos em locais baixos, como mesas, pias, cadeiras ou banquinhos.

“A prevenção é fundamental para todos esses casos de acidentes domésticos. O ideal seria o pai ou mãe, com mais de um filho pequeno, colocar a criança em creche enquanto trabalham”, recomenda a psicóloga, que também desenvolve importante trabalho multidisciplinar no hospital, com apoio de médicos e assistentes sociais.