Interior

Sindicato dos Enfermeiros pede segurança imediata em posto após morte de funcionário

Enfermeira da Unidade de Saúde, Gorete Oliveira, diz que funcionários temem exercer atividades e estão assustados com onda de violência

Por Assessoria 12/04/2017 12h22
Sindicato dos Enfermeiros pede segurança imediata em posto após morte de funcionário
Reprodução - Foto: Assessoria

Após um funcionário da Unidade de Saúde da Família José Dias, localizada na zona rural de Marechal Deodoro, ser morto a tiros nesta terça-feira (11), por dois criminosos que invadiram o posto. O Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Alagoas (Sineal) pede providências no sentido de garantir a segurança dos trabalhadores do estabelecimento de saúde.

O motivo do assassinato de Roberval da Silva, de 53 anos, teria sido uma discussão envolvendo o filho dele, em decorrência de um som alto. Policiais da 5ª Companhia Independente estiveram no local e constataram o crime. Os autores do homicídio ainda invadiram a residência da vítima, que fica próximo à Unidade de Saúde, e também efetuaram disparos contra o imóvel.

Os gêmeos identificados como Damião Lino dos Santos e Cosme Lino dos Santos, de 30 anos, foram detidos pela guarnição policial e encaminhados para a Delegacia da cidade onde foram autuados por homicídio, tentativa de homicídio, violação de domicílio e porte ilegal de arma de fogo.

A enfermeira Maria Gorete da Silva Oliveira disse que os funcionários estão com medo e muito assustados com a violência no local. Ela avisou que na próxima segunda-feira, os funcionários estarão na porta da Secretaria de Saúde de Marechal Deodoro, para cobrar vigilância no posto, que fica distante do Centro do município, e está situado numa região de risco da cidade, chamada de Iraque.

“São cerca de 32 funcionários num local que não dispõe de segurança nenhuma. Quem nos protegia era o seu Roberval, que estava sempre pronto a ajudar. A Unidade também já foi invadida por um drogado e por um paciente enfurecido para atacar uma servidora. Estamos em luto e a unidade só será reaberta se nos dermos garantias de segurança para desempenhar nossas atividades”, desabafou.

Segundo a enfermeira, a diretoria de saúde reconheceu que a unidade precisa de vigilância. “Outras situações de violência já aconteceram, mas essa agora foi o estopim, estamos muito tristes com a morte de seu Roberval”, finalizou.