Interior
Incêndio destrói cinco hectares de mata no município de União dos Palmares
Foram necessárias 10 horas para bombeiros debelarem chamas na Serra dos Frios; IMA deve avaliar danos causados
Um incêndio na Serra dos Frios, em União dos Palmares, destruiu cerca de cinco hectares de mata. A região é uma Área de Preservação Ambiental (APA) e foram necessárias 10 horas de combate às chamas pela dificuldade no acesso. Os caminhões-tanque do Corpo de Bombeiros não conseguiram chegar ao local, sendo utilizados abafadores para conter o fogo.
O coordenador da Defesa Civil de União dos Palmares, Alex Sandro Lopes, afirmou que o incêndio é criminoso. De acordo com denúncias recebidas pelo órgão local, a intenção era retirar a vegetação nativa para dar espaço à agricultura, é o que afirma o coordenador.
“Recebemos várias denúncias. Essa é uma área invadida há mais de 30 anos. A Serra dos Frios é uma área do Estado, mas o pessoal invade e derruba a plantação para se apossar e plantar, construir casas. Vamos fazer um mutirão de órgãos para protocolar uma ação no Ministério Público para evitar esses incêndios”, garante Lopes.
Na reserva funciona a Associação de Apicultores de União dos Palmares que foi atingida pelas chamas. Jean Ferreira, presidente da entidade, estima que os prejuízos cheguem a R$ 18 mil.
“Associação dos Apicultores foi prejudicada, queimou colmeias com abelhas dentro, prejuízo de quase 18 mil. Caixas das abelhas, o mel, a cera, as abelhas, 28 enxames foram perdidos. Sobraram 13 enxames o resto foi eliminado com o fogo. Vamos apelar para um reflorestamento e pedir que o Estado tome providências”, diz Ferreira.
O Instituto do Meio Ambiente (IMA) informou por meio de assessoria que equipes da Unidade de Conservação e Fiscalização irão, nos próximos dias, à União dos Palmares para avaliar os danos causados pelo fogo na Serra dos Frios.
“Os técnicos irão ao local para identificar e autuar os responsáveis na área. Vão também entrar em contato com o munícipio para planejar ações conjuntas e que sejam contínuas”, explicou o órgão.
O IMA diz ainda que a área é de gestão do Estado e que dentro das Áreas de Proteção Ambiental (APA’s) existem áreas privadas e que não pode precisar ainda quais partes foram atingidas, apenas com a fiscalização in loco.
Sobre as invasões o órgão explica que é um problema antigo e complexo, pois alguns moradores possuem uma liminar da Procuradoria Municipal para continuar na região e que atualmente algumas pessoas estão sem as documentações.
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