Interior
Explosivos encontrados em prédio público causam surpresa a novo prefeito
Prefeito recebeu notícia de que a Secretaria de Infraestrutura estaria repleta de explosivos deixados pela antiga gestão
Há exatos quatro dias em que o prefeito eleito de Colônia Leopoldina, Manuílson Andrade (PSDB), assumiu a prefeitura e se deparou com alguns problemas comuns durante o processo de transição. Mas, um deles chamou atenção: é que foi encontrada nas dependências da Secretaria de Infraestrutura uma grande quantidade de explosivos.
O que eles estavam fazendo armazenados ainda é um mistério. Manuílson foi informado por funcionários da secretaria que no local existam explosivos e que teriam procurado a delegacia da cidade para que fosse retirado do local o material encontrado e foram informados que somente o Exército Brasileiro é que poderia fazer a remoção.
O prefeito conseguiu contornar a situação e a Polícia Civil recolheu o material e fez a detonação de forma segura.
De acordo com o prefeito, ainda não é possível saber o motivo de os explosivos estavam estarem na secretaria e qual a finalidade deles para a gestão municipal.
Para evitar acidentes, antes da chegada do Esquadrão Antibombas da Polícia Civil, o local ficou isolado. Manuílson demonstrou surpresa diante da notícia porque a compra deste tipo de material é regulada pelo Exército.
No local, a polícia encontrou 38 emulsões (bananas de dinamite), oito espoletas, oito estopins (tipo de cordão) e 11,2 metros de cordão detonante. O material estava sem licenciamento e não estava devidamente acondicionado.
A Polícia Civil foi acionada por volta das 18h de quarta-feira (4). Equipes do Esquadrão Antibomba do Tático Integrado de Grupamentos de Resgates Especiais (Tigre), da Seção de Roubo a Bancos (Serb) e da Perícia Alagoana, coordenadas pelo delegado Vinícius Ferrari, se deslocaram até a cidade de Colônia de Leopoldina, onde encontram uma grande quantidade de explosivos no depósito da Secretaria de Infraestrutura da cidade.
Materiais podem ter sido usados em roubo
O delegado responsável pelo caso, Vinicius Ferreira, da Seção de combate de Roubos a Bancos (Serb) informou que os dados foram coletados para que sejam feitos o rastreamento e agora irá ouvir as pessoas para saber quem foi o responsável pelo acondicionamento desse material no local.
“Primeira coisa é saber se eles foram utilizados na explosão do banco do dia 29 de outubro para ver se o material é o mesmo”, pontuou.
Ele deixou claro que a polícia não trabalha com rastreamento de explosivo e que isso é de responsabilidade do Exército.
“O nosso trabalho é com relação a roubo a banco. A polícia vai trabalhar com a parte de crime e de responsabilizar alguma pessoa ou não. O Exército é que deve fazer o processo administrativo para o município, aplicar multas ou para empresa”, explicou.
De acordo com o delegado, independente do material ter sido usado ou não no roubo a banco, já existe um crime porque o material estava condicionado de maneira errada, colocando em risco a população.
“Se aquilo explodisse o estrago seria muito grande. Já existe um crime por ter acondicionado de maneira errada e sem autorização”, reforçou.
Ele informou que ainda é muito cedo para fazer associação com o roubo de banco. “Acendeu uma luz vermelha para gente. Agora é saber o porquê disso estar ali de maneira irregular e num terceiro momento vê se existe ligação com roubo a banco”, analisou.
Já colhemos os dados preliminares e as primeiras pessoas e ex-secretários serão ouvidas na segunda-feira, 9.
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