Interior

Sobrinho identifica e corpo encontrado no São Francisco é de Glauber Teixeira

Morte do diretor teatral acontece pouco mais de dois meses após afogamento de Domingos Montagner

Por EGO 30/11/2016 11h52
Sobrinho identifica e corpo encontrado no São Francisco é de Glauber Teixeira
Reprodução - Foto: Assessoria

O corpo do diretor teatral Glauber Teixeira, de 51 anos, foi encontrado por um pescador na noite desta segunda-feira, 28, no Rio São Francisco, próximo à cidade de Delmiro Gouveia, em Alagoas. A cidade fica a cerca de 300 km de Maceió, quase na divida com a Bahia. A morte de Glauber acontece pouco mais de dois meses após o afogamento de Domingos Montagner, o Santo de "Velho Chico". O ator morreu após desaparecer também no Rio São Francisco, em Sergipe.

A identificação do corpo de Glauber foi feita pelo sobrinho, Erisson Teixeira, que conversou com o EGO na manhã desta quarta, 30, e falou sobre o ocorrido. Ele não acredita na a possibilidade de afogamento, mas a causa da morte ainda não foi esclarecida.

"Ele foi encontrado com blusa, de bermuda, com cinto e carteira no bolso. Achei muito estranho. A área em que ele foi encontrado também era de difícil acesso, com forte correnteza, e não era própria para banho", contou. Segundo Erisson, Glauber - que era solteiro e não tinha filhos - disse que iria viajar para Recife e que enfrentava problemas pessoais nos últimos meses: "Ele saiu na quarta-feira falando que iria para Recife. A gente não sabe ainda se estava sozinho ou acompanhado. Andava meio depressivo ultimamente".

O corpo de Glauber Teixeira foi levado para o IML de Arapiraca, também em Alagoas, onde aguarda o exame da arcária dentária para ser liberado. O enterro está previsto para acontecer ainda nesta quarta-feira, 30, em Maceió - cidade onde Glauber morava. Segundo informações do Tenente Coronel Fontes, da Polícia Militar de Delmiro Gouveia, "o corpo foi encontrado boiando e em estado avançado de putrefação e só será possível saber a causa da morte após o laudo do IML."

Glauber se formou na Universidade Federal do Rio de Janeiro, foi professor do curso de teatro da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e dirigiu grandes produções no estado, como o espetáculo em celebração aos 200 anos de Maceió. Seu último trabalho, a peça "Sou mãe, vai encarar?", ainda está em cartaz na região.