Interior

Júri condena réu pelo assassinato da esposa em Porto Real do Colégio

José Adenilson teria tentado matar Damiana Pereira duas vezes na véspera do homicídio, por envenenamento e asfixia

Por Dicom / TJ-AL 16/11/2016 15h05
Júri condena réu pelo assassinato da esposa em Porto Real do Colégio
Reprodução - Foto: Assessoria

O réu José Adenilson Isidorio da Silva foi condenado pelo Tribunal do Júri de Porto Real do Colégio a 17 anos de reclusão pelo assassinato de sua esposa Damiana Pereira da Silva, no dia 20 de julho de 2013, no povoado Canoa de Cima, zona rural da cidade. O júri foi conduzido pela juíza Fabíola Melo Feijão, na última sexta-feira (11).

De acordo com a denúncia, o réu teria perseguido a esposa em seu carro e ao encontrá-la efetuou um disparo de espingarda na cabeça da vítima, e depois várias facadas. O crime aconteceu em frente à mãe de Damiana e dos filhos do casal.

Consta ainda nos autos que o casal brigava muito por ciúmes da parte do réu, que alegava ter sido traído pela esposa. Na véspera do homicídio, José Adenilson teria tentado envenenar a vítima, que ao perceber a atitude do réu, não ingeriu o alimento. O acusado teria ainda tentado sufocar Damiana com um travesseiro, não conseguindo devido a intervenção de familiares.

O réu cumprirá a pena em regime inicialmente fechado. A defesa foi feita pela advogada Maria do Socorro Alves Cardoso de Oliveira e a acusação pelo promotor Saulo Ventura de Holanda.

Mês Nacional do Júri

O julgamento integra a pauta do Mês Nacional do Júri, iniciado no último dia 3 de novembro. A ação visa julgar réus por crimes dolosos contra a vida, dando preferência a processos que começaram a tramitar até dezembro de 2009, conforme definido pela Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp).

Promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em todo o país, a força-tarefa em Alagoas conta com a participação do Tribunal de Justiça, Corregedoria Geral da Justiça, Ministério Público, Defensoria Pública, Ordem dos Advogados do Brasil, Secretaria de Ressocialização do Estado (Seris) e Polícia Militar.

Varas da Capital e do interior pautaram o julgamento de cerca de 100 processos até o fim do mês.