A celebração dos 112 anos do CSA começou com uma missa campal no CT Gustavo Paiva, neste domingo (7). A cerimônia religiosa, conduzida pelo Padre Cícero, reuniu dirigentes, conselheiros e torcedores, oferecendo um momento de fé e reflexão em meio à grave crise institucional e esportiva que o clube enfrenta.

O presidente do Conselho Deliberativo, Clauwerney Ferreira, ressaltou a importância simbólica do evento e destacou o contexto atual do CSA. “Essa celebração com a participação do Padre Cícero foi uma missa muito bonita, fazia tempo que não víamos algo assim. São anos de história e de sucesso, temos mais glórias do que fracassos. Perdemos batalhas, mas, como o padre mesmo falou, também vencemos muitas lutas”, afirmou Ferreira, referindo-se à homilia do sacerdote.

História e glórias do Azulão em debate

Apesar das dificuldades financeiras e administrativas que assolam o clube, a programação de aniversário lembrou as grandes conquistas que marcaram a trajetória do Azulão, como seus 40 títulos estaduais, três conquistas da Série C do Campeonato Brasileiro, e o feito histórico de ser o único time do Nordeste a disputar uma final internacional, na Copa Conmebol de 1999. A celebração trouxe à tona o legado vitorioso da instituição, que, ao longo de sua história, soube superar obstáculos e trazer alegrias para sua torcida.

Homenagens de ex-presidentes e reflexões

Mesmo ausente no evento, o ex-presidente Arnon de Mello, que esteve à frente do CSA entre 1999 e 2001 e levou o clube à final da Copa Conmebol, enviou uma mensagem de reflexão. “É justamente nas situações desafiadoras que o nosso lema, ‘União e Força’, revela todo o seu verdadeiro significado. Que esta data, em que celebramos a fundação do nosso time, seja também um convite à reflexão”, destacou Arnon.

A cerimônia foi encerrada com palavras emocionadas do ex-presidente Abel Duarte, que presidiu o CSA em 2003. Em sua fala, carregada de sentimento e memória, ele emocionou os presentes, afirmando: “Meu querido Azulão, eu carrego sua história na cabeça e apaixono meu coração. Líder dos céus, bonitas do mar, lírios são as cores do CSA. Se eu pudesse escrever na água como escrevo na areia, escreveria o CSA no sangue da minha veia.”

Unidade e força para o futuro

Embora o clube viva um momento de crise, a celebração foi um reflexo da esperança e da força de sua torcida e dirigentes. A mensagem central da comemoração foi clara: união e força para superar os desafios e reconstruir a instituição. Mesmo em tempos difíceis, a história do CSA mostra que, apesar das quedas, o clube sempre soube se reerguer e seguir em frente.

A celebração dos 112 anos do CSA foi, portanto, um momento de emoção, memória e, acima de tudo, resiliência. Para muitos, o aniversário do clube é mais do que uma data comemorativa, é um lembrete de que o Azulão sempre teve e sempre terá forças para superar seus obstáculos.