Esportes
George Alves Feitoza vai ao 3º ano na gestão da Comissão Estadual de Arbitragem
Comando do apito em Alagoas é dele, que traça planos ousados para 2025

Em campo, ele nunca é unanimidade. O árbitro de futebol é um personagem que sempre vive rodeado de críticas, sejam negativas ou positivas. Capacitar, preparar e conduzir um quadro de arbitragem para o esporte de maior paixão nacional não é uma tarefa fácil. Desde 2023, George Alves Feitoza está nessa cadeira. Ex-árbitro alagoano com 11 anos de experiência na arbitragem, George se destaca no cargo de comandante do apito. Ele já integrou a crônica esportiva local na função de comentarista de arbitragem.
A Tribuna Independente conversou com George sobre os desafios da carreira e como nossa arbitragem pode melhorar com a chegada das novas tecnologias. O ano está acabando e a avaliação de 2024 é muito positiva. “De forma geral, a arbitragem de Alagoas nessa temporada 2024 foi muito bem, né? Nós tivemos a participação de alguns árbitros do quadro alagoano nas competições organizadas pela CBF e a principal delas foi a volta do Dênis Serafim a comandar jogos na Série A do Campeonato Brasileiro, que é a principal divisão do nosso futebol. E outra situação foi a estreia. Também tivemos a participação do Márcio Oliveira na Copa do Nordeste, onde chegou a fazer jogos semifinais entre, salvo engano, Vitória e Fortaleza. Então, de uma forma geral, foi um ano muito positivo para a arbitragem de Alagoas, onde tivemos essas participações a nível nacional e aqui também no nível estadual. Comandamos jogos na Série A de Alagoas, na segunda divisão, na Copa Alagoas e também nos campeonatos amadores organizados pela Federação. Então, uma avaliação positiva que esperamos que em 2025 eles possam se destacar ainda mais na próxima temporada”, disse.

Todos os anos a Federação Alagoana de Futebol (FAF) promove o curso para novos árbitros e assistentes. É uma porta de entrada para novos talentos. “Com relação aos destaques da arbitragem alagoana em 2024, eu posso dizer a você que todo o nosso quadro nacional, de uma forma geral, pela participação maciça nas competições da CBF, tanto na Série A, B, C, D, Copa do Brasil, Copa do Nordeste, enfim, todos esses árbitros que já têm o seu nome firmado na arbitragem nacional. Dênis Serafim, Brígida Cirilo, o próprio Márcio Oliveira, Ricardo Laranjeiras, entre outros. E aí, a nível local, destaco o árbitro João Paulo dos Santos Nascimento, que foi um árbitro que adentrou no quadro da CBF nessa temporada de 2024, assim como a assistente Géssica Alves Bonfim, entre outros jovens valores que vêm firmando o seu nome na arbitragem de Alagoas, que já trabalharam também nos campeonatos organizados pela Federação e estão com um número suficiente de jogos. E agora, em 2025, a comissão de arbitragem vai trabalhar o nome desses dois profissionais com mais jogos para que eles ganhem essa experiência. Também destaco o nome do árbitro Adrian Santos, que é um rapaz que vem se dedicando muito. Certamente deve ter muitas oportunidades agora também no Campeonato Alagoano e na Copa Alagoas, entre outros profissionais. Então, vale salientar que é isso que a comissão trabalha, de uma forma que dá essa sustentação em número de jogos, para que esses profissionais adquiram a experiência necessária para que possam comandar grandes jogos dentro do Campeonato Alagoano e outros, organizados pela Federação”.
A temporada 2025 está batendo na porta e muitas coisas devem ser ajustadas para o bom andamento das partidas de futebol em todos os campeonatos. “A gente nunca fica satisfeito com o que temos no momento e sempre quer mais. O que posso dizer a você são as condições de trabalho. A remuneração dos árbitros, tudo isso pode ser melhorado, porque não é fácil. Ser árbitro de futebol, o cidadão precisa dedicar-se a muita coisa, né? Evidentemente, tem que ter o seu trabalho profissional, mas para se dedicar melhor à profissão de árbitro de futebol, ele precisa ter algumas condições básicas. Digamos, melhores taxas de arbitragem, condições de treinamento, condições também de ter uniformes novos. Um apoio físico, mental, nutricional, tudo isso pode ser destacado como algo que pode melhorar. É evidente que a comissão, junto com toda a direção da federação, procura dar esse apoio. Melhorando as taxas, que elas possam ser pagas o mais próximo possível da realização do evento. O presidente Filipe Feijó (da FAF) não mede esforços. Teremos agora na próxima temporada novos uniformes, que já foram adquiridos. Enfim, é procurar mais, buscar novos treinamentos, nova forma de interagir, principalmente na parte técnica e física, e isso é o que destaco como algo que pode melhorar para a temporada 2025”, revelou.

Alguns jovens começam a surgir como talentos. “A Federação Alagoana de Futebol, em parceria com a Instituição de Ensino CESMAC, está realizando, neste momento, um curso de formação para novos árbitros, que se iniciou agora no último mês de agosto, com previsão de encerramento para junho de 2025. São 27 novos futuros árbitros, melhor dizendo, que estão vivenciando as práticas, as teorias, as informações necessárias para que esses alunos possam adquirir o conhecimento do que é arbitragem de futebol. O curso está a pleno vapor, eles estão gostando muito, estão fazendo agora até a prática, neste mês de dezembro. Fizemos um recesso no dia 20 de dezembro e eles voltam em janeiro para poder dar sequência normal ao curso. E aí, no meio da próxima temporada, a Federação vai ganhar mais 25, 26 novos profissionais. E esperamos que eles venham a somar ao número que temos hoje, para dar continuidade na carreira. E aí sim, quem sabe, alguns deles possam chegar ao alto nível da arbitragem alagoana e nacional”.
Em poucos dias, começam os primeiros jogos do ano com o uso do árbitro de vídeo, mais conhecido como VAR. Muita gente ainda tem dúvidas quanto à sua utilização durante os jogos. Até agora, ele sempre é o centro das discussões nos campeonatos. O VAR utiliza todas as câmeras e ângulos disponíveis na transmissão para corrigir erros claros e óbvios do árbitro e ajudar em lances graves não vistos por ele. Mesmo assim, gera muita polêmica.
“A tecnologia melhorou a arbitragem. Eu, como trabalho também como observador VAR, estou em muitos jogos trabalhando dentro da cabine do VAR. Eu vi e notei que é um segmento que veio para melhorar muito a arbitragem. A gente vê e lembra de alguns casos no passado em que assistentes erravam impedimentos, de bola que entrou ou não e não era visto pelo campo, de pênaltis, principalmente com o uso das mãos, que passavam despercebidos ao olho humano do árbitro. E hoje a tecnologia do VAR veio para ajudar. Evidentemente que precisa ser melhorada, como tudo na vida. Mas enfim, de uma forma geral para começo, porque é uma coisa muito nova ainda o VAR. Ele foi implementado no futebol brasileiro de 2018 para cá. É uma questão que os árbitros ainda estão aprendendo muito, mas tenho certeza de que no futuro breve, com muito estudo e a melhoria da tecnologia, as coisas tendem a melhorar para a arbitragem nacional”, concluiu.
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