Esportes
Zico faz palestra em Maceió e lança biografia do ídolo Dida
O ex-jogador, desportista e empresário Arthur Antunes Coimbra, o craque Zico, estará em Maceió, na próxima terça-feira, dia 16, em palestra promovida pela JAG Tecnologia e Eventos. A conferência terá a temática “O Papel do Líder: Desafios e Oportunidades”, no Espaço Multicultural do Parque Shopping, piso L3, a partir das 20 horas.
Antes da conferência, Zico participa do lançamento nacional do e-book biográfico de seu ídolo: *Dida – A incrível história do alagoano, artilheiro do Maracanã na era do ouro do futebol arte e campeão do Mundo em 1958, e quase barrou Pelé*, do jornalista e escritor alagoano Mário Lima. O livro tem o prefácio de Zico e apresentação do jornalista Márcio Canuto.
O e-book foi editado pela editora carioca @livrosdefutebol e poderá ser adquirido por quem participar da palestra no Espaço Cultural do Parque Shopping. No ambiente da palestra, a @livrosdefutebol, com apoio da empresa Multieventos, vai apresentar uma degustação do e-book em um painel de lead, bem como exibir a capa e informações sobre como adquirir o e-book através da loja da www.editoralivrosdefutebol.com.br.
Trecho do livro – Um preâmbulo glorioso
Em 16 de março de 1934 nascia em Maceió Edvaldo Alves de Santa Rosa, o Dida, primeiro dono da gloriosa camisa 10 do futebol brasileiro, no século XX, por um grande time e uma grande seleção nacional, antes mesmo que Pelé e Zico. Na Copa do Mundo de 1958, a primeira das cinco conquistadas pelo Brasil, antes que o rei entrasse em campo com a camisa 10, dando início à mística, Dida já havia jogado com esse número nas costas. Foi no jogo de estreia contra a Áustria, quando o Brasil venceu por 3 a 0. Mas Dida voltou a sentir uma antiga contusão no joelho, abrindo o caminho para Vavá e, em seguida, para Pelé. E o Brasil foi campeão.
No Flamengo, Dida teve a glória de ser o artilheiro supremo do rubro-negro - com 262 gols, a maioria no Maracanã – durante os anos 1950 e 1960, quando foi tricampeão (1953, 1954, 1955), com um time recheado de craques: Evaristo, Joel, Moacyr, Zagallo, Tomires, Jordan. Dida seria a grande atração do Flamengo antes do surgimento de Zico, ainda mais com o desafio de substituir Leônidas da Silva e Zizinho, ídolos máximos na Gávea entre as décadas de 1930 e 1940.
Aquele menino magrinho começou a jogar bola aos 15 anos, no Monte Castelo, formado por garotos da várzea, e depois no infanto-juvenil do América, treinado pelo Pai Manu, um conhecido treinador e descobridor de pequenos talentos, que além de técnico foi roupeiro, enfermeiro e até mesmo sapateiro, ao consertar as chuteiras de couro e as travas do solado.
No CSA, como juvenil e profissional, o ainda garoto Dida, entre seus 16 e 17 anos, conquistou três títulos, sendo dois estaduais, em 1949 e 1952. Já no primeiro ano no azul e branco do bairro do Mutange, além de ajudar o CSA a conquistar o campeonato local, ainda exibiu seu talento como goleador nato, terminando a competição como artilheiro, com nove gols.
Sua meteórica carreira começou no Flamengo, em 1953. O atacante jogava no Azulão, já era bicampeão alagoano, e foi convocado para a seleção do estado (era um tempo em que havia o Campeonato Brasileiro de Seleções, hoje extinto, quando Alagoas enfrentou a Paraíba). Olheiros cariocas viram o craque em ação. Depois, veio o convite. Dida foi jogar na Gávea com 20 anos e fez história com a camisa rubro-negra. Tanto que se transformou no maior ídolo do Galinho de “Quintino” e um dos maiores artilheiros da história do Clube de Regatas Flamengo.
Sobre o autor
Mário Lima, 67 anos, é jornalista e escritor, pós-graduado Lato Sensu EAD em Jornalismo Esportivo pelo Instituto Pitágoras (MG). Foi repórter, redator, editor sênior, chefe de redação e reportagem, correspondente, repórter especial, consultor, organizador de eventos, assessoria de imprensa e marketing eleitoral. Diretor editorial e repórter especial da Imprensa Oficial Graciliano Ramos, secretário-adjunto de Comunicação do Governo de Alagoas (2008-2013), correspondente da Agência Reuters. É jornalista muitas vezes premiado: Prêmio Colunistas (2003), Prêmio Embrapa Nacional de Reportagem (categoria Mídia Impressa), Prêmio Banco do Brasil de Jornalismo (2001, 2003 e 2006). Recebeu a Comenda Edécio Lopes, da Câmara Municipal de Maceió, pelos serviços prestados no âmbito cultural, jornalístico e artístico. Dentre os muitos livros que escreveu, está *Mané Garrincha: a flecha Fulni-ô das Alagoas — mestiçagem, futebol-arte, crônicas pioneiras* (Imprensa Oficial de Alagoas, 2014) e *Dom Lauthenay, o Quixote do esporte nacional*.
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