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Sofia Ventura é talento do handebol alagoano

Atleta ganha prêmio de melhor do ano, juntamente com seu treinador Deyvid Henrique, e eles projetam mais conquistas no futuro

Por Júnior de Melo - editor de Esportes / Tribuna Independente 23/12/2023 09h18 - Atualizado em 23/12/2023 09h39
Sofia Ventura é talento do handebol alagoano
Handebol de Alagoas em 2023 teve Sofia Ventura (melhor atleta) e Deyvid Henrique (melhor técnico) - Foto: Divulgação

O handebol de Alagoas está em alta. O técnico Deyvid Henrique e a atleta Sofia Ventura foram escolhidos como os melhores de 2023. Mas a trajetória dos dois foi de muitas lutas para chegar nesse patamar.

“Minha carreira no handebol começou também fruto dos anos que eu fui como atleta, e ainda insisto um pouquinho ser e depois no curso de educação física. Eu não tinha essa vontade de me tornar treinador porque eu vi o trabalho e a responsabilidade grande que os treinadores tinham e tinha identificação também com outras áreas da educação física. Mas tive experiência de auxiliar técnico durante um período ainda com como estagiário do meu ex-treinador José Roberto e ficou aquela lembrança. Depois surgiu o convite do colégio Santa Úrsula e eu estou prestes a fazer 10 anos como treinador”, disse Deyvid.

Todo esporte é formado de desafios e o treinador sabe que precisa superar. “Manter os atletas motivados, focados no alto rendimento principalmente com o número de atribuições que eles têm é muito complicado. Manter todos focados com as atividades extracurricular que eles fazem é um grande desafio. Também me manter focado com tantas atividades que eu também possuo profissionalmente e principalmente conciliar a vida familiar”, explicou o treinador.

A história da Sofia é superação e talento. Segundo o treinador ela era aquela atleta que muita gente não dava a visibilidade que ela merecia. Sofia tinha uma ótima altura quando chegou na equipe, e um pouquinho acima do peso. “A gente via nela coisas, do que ela seria capaz no futuro, e uma visão do que ela podia executar. Desde então eu comecei a levar ela para campeonatos sub-16 e ela ainda com 13 anos. Até falava paras as outras meninas que uma das que tinha vaga garantido era ela porque ela estava sendo preparada pro futuro”, disse.

Nesses campeonatos Sofia entrava muito pouco em quadra, mas já pegava muita experiência durante os treinos com as mais velhas e isso ajudou muito. Esse trabalho foi feito praticamente todos os dias da semana, tanto na escola, no clube, e na seleção alagoana. “Era notório no dia a dia a evolução dela”.

Durante a temporada ocorreu o aparecimento de uma lesão grave no joelho. No começo a equipe optou pelo tratamento conservador e deu certo. “Graças a Deus nossos fisioterapeutas deram conta do recado junto à força de vontade dela. Além disso ela teve que fazer uma posição nova. Ela faz muito bem o pivô mas teve que fazer a lateral esquerda e foi uma posição da qual ela foi se desafiando e também foi se destacando. Ela é uma menina de enorme potencial, uma menina muito dedicada dos estudos, aluna nota 10 também na escola, aluna destaque na escola e que só nos dá alegria em todos os sentidos, tanto no social e na parte técnica”, ressaltou Deyvid.

“Não poderia estar mais feliz, principalmente porque vejo neste prêmio o fruto do esforço dos treinamentos e nos campeonatos”, disse Sofia. O desenvolvimento é uma das coisas que foi muito importante pra mudança da alagoana e a conquista desses objetivos coletivos, e individual, foram a quebra dos medos. “Ela era uma menina que tinha muito medo do que ela poderia fazer sempre se colocava um pouquinho abaixo do que ela poderia, e a gente foi investindo muito nessa questão aí na motivação e na questão psicológica dela acreditar nela mesmo acreditar no quanto ela é capaz”, destacou.