Esportes
Justiça concede efeito suspensivo e votos de urna voltam a ser considerados no Vasco
Desembargadora Marcia Ferreira Alvarenga acata pedido de Vasco e determina que votos voltem a ser contabilizados enquanto perícia técnica não for realizada
A eleição do Vasco teve mais uma reviravolta nesta quinta-feira. A desembargadora Marcia Ferreira Alvarenga deferiu efeito suspensivo pleiteado pelo Vasco e determinou que os votos da urna 7 voltem a ser considerados enquanto a perícia técnica não for realizada.
Desta forma, a chapa "Reconstruindo o Vasco", de Eurico Miranda, volta ao primeiro lugar no pleito, com 2.111 votos. Em segundo vem a "Sempre Vasco Livre", de Julio Brant, com 1.975 votos.
A decisão ocorre no fim do prazo de 72 horas que o Vasco tinha para retificar a ata e publicá-la com a determinação anterior, da juíza Maria Cecilia Pinto Gonçalves, que desconsiderava os votos da urna 7 - o que deixava Julio Brant em primeiro lugar.
Em seu argumento, a desembargadora Marcia Ferreira Alvarenga apontou que uma decisão sobre a validade dos votos da urna 7 só poderá ser tomada após realizada a perícia técnica na urna e no caderno de votação, ambos em juízo, para saber quem foram os 475 votantes - ao total, 691 nomes poderiam votar naquela urna.
A desembargadora acredita ainda que, embora haja indícios de irregularidade, não são suficientes para desconsiderar todos os 475 votos. Ela lembra ainda que não houve perícia nos documentos fornecidos pelo clube na tentativa de comprovar a regularidade dos sócios referidos.
Entenda o caso
A eleição do Vasco foi realizada no dia 7 de novembro, em São Januário. Nela, 691 nomes da lista de sócios foram indicados para votar numa urna separada - a urna 7. Destes, 475 compareceram à votação.
Estes nomes são os sócios de que se filiaram ao clube em novembro e dezembro de 2015, num fluxo muito maior que o registrado nos meses anteriores. O Vasco alega que houve um represamento anteriormente por causa do fim da categoria de sócio geral - que aconteceu no fim daquele ano.
Ao todo, 90% dos votos da urna 7 foram a favor de Eurico Miranda e determinaram a vitória do atual presidente do Vasco. Por causa da suspeita de irregularidades, a oposição entrou na Justiça para tentar anular os votos - o que foi conseguido numa primeira decisão, agora revogada.
A eleição do Vasco é indireta. A chapa vencedora elege 120 conselheiros, enquanto a segunda colocada escolhe 30. Estes 150 se unem aos 150 conselheiros natos para, juntos, numa reunião do Conselho Deliberativo, decidirem o presidente. Ainda não há data para que este encontro aconteça.
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