Atualmente, o UFC conta com 11 categorias, mas apenas três são voltadas para as mulheres. No peso-galo, a campeã é Amanda Nunes. No palha, a polonesa Joanna Jedrzejczyk detém o cinturão. No peso-pena, Cris Cyborg detém o título desde o UFC 214, no dia 29 de julho. E a brasileira afirma que tem como seu maior objetivo conquistar espaço para as mulheres no universo historicamente masculino do MMA. 

- Eu não luto por mim, luto para o MMA feminino crescer, desde o começo era para isso. Mostrar que as mulheres podem lutar como os homens, não precisa puxar o cabelo (...) Não é mais um esporte masculino, as mulheres estão dominando bastante, e esse é o meu papel. Tem que abrir mais categorias, abrir as portas para mais mulheres. Depois que eu parar de lutar vão ter várias meninas no meu lugar, fazendo o mesmo papel - disse Cyborg.

Depois de ter trocado farpas com o treinador da americana Holly Holm, Mike Winkeljohn, Cris Cyborg falou sobre a possibilidade de enfrentar a ex-campeã peso-galo.

- Não tem nada certo que é ela. Na verdade, a luta já foi proposta antes, e ela não aceitou. Acredito que ela esteja focada na categoria dela, está prestes a lutar pelo cinturão, depois da luta da Amanda (Nunes). Mas eu não tenho nada contra a Holly Holm. Fãs da Holly Holm, não fiquem com raiva de mim, não mandem mensagem com raiva de mim. Acredito que ela é uma grande adversária, um grande nome no MMA, ela ganhou da Ronda no auge dela. Por isso, eu acredito que essa luta seria boa. Ela é striker, eu sou striker também, alguém vai sair nocauteada nessa luta.

Ao ser questionada se existe alguém no mesmo patamar de Cris Cyborg, a campeã destacou a necessidade de se manter treinando em alto nível para não perder o cinturão.

- Eu não gosto de julgar desse jeito. Se você tiver treinando, dedicada, você vai ser boa adversária para qualquer um. Por isso, eu sempre procuro treinar, evoluir tecnicamente. Porque com certeza elas estão estudando para ganhar de mim. Então se eu parar no tempo já era, tenho que continuar aprendendo para manter o cinturão. Ser campeã é difícil, mas manter o cinturão não é fácil. Esse é o terceiro cinturão, de três organizações, para manter é o mais difícil, tem que manter a mesma disciplina e motivação de quando você começou a lutar.