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Evo Morales exige "medidas drásticas"; diretor da LaMia é ex-piloto do governo

Presidente da Bolívia admite que Gustavo Vargas havia sido piloto do grupo aéreo da presidência do país. Governante afirma que país fará investigação profunda do caso

Por globo esporte 03/12/2016 11h33
Evo Morales exige 'medidas drásticas'; diretor da LaMia é ex-piloto do governo
Reprodução - Foto: Assessoria

Presidente da Bolívia, Evo Morales afirmou não saber que a LaMia era uma empresa com matrícula no país. Em coletiva de imprensa, o governante admitiu que Gustavo Vargas, representante da companhia aérea, havia sido piloto do grupo aéreo da presidência. Morales pediu punição após o acidente com o avião que matou 71 pessoas, incluindo 19 jogadores da Chapecoense, e garantiu que o governo tomará medidas drásticas.

- Da empresa LaMia, não sabia que tinha autorização, não sabia que era uma empresa com matrícula boliviana. Vamos tomar medidas drásticas - garantiu o presidente

Gustavo Steven Vargas Villegas, diretor de Registro Aeronáutico Nacional da Direção Geral de Aeronáutica Civil da Bolívia (DGAC), seria filho de Gustavo Vargas, diretor geral da LaMia e ex-piloto do grupo aéreo da presidência. Morales afirmou que é preciso fazer uma investigação a fundo sobre os envolvidos.

- É preciso investigar como se legaliza, como se constitui a empresa e as certificações correspondentes - afirmou o presidente. 

Em relação a Gustavo Vargas, lembrou que era piloto de suas antigas aeronaves.

- Agora nos informamos que é o representante legal (da empresa), que seu filho está trabalhando (na DGAC). Que se investigue esse tema, não porque é meu piloto que se pode ter essas facilidades. Eu não entendo isso.

O presidente lamentou as 71 mortes no acidente com a delegação da Chapecoense. E lembrou que os pilotos eram do Colégio Militar de Aviação da Bolívia.

- Lamentamos muito e damos nossas condolências às famílias das vítimas. O pior e o que dói muito é que os pilotos do avião eram do Colégio Militar de Aviação.