Esportes
Jorginho deixa o Vasco da Gama e agradece ao presidente Eurico Miranda
Depois de reunião com diretoria na tarde desta segunda-feira, treinador definiu seu desligamento
Jorginho não é mais o técnico do Vasco. Depois de uma reunião com a diretoria na tarde desta segunda-feira, o treinador definiu seu desligamento do Cruz Maltino, encerrando um vínculo de um ano e três meses.
O ex-técnico do Gigante da Colina não resistiu à pressão após a queda de desempenho notável da equipe no segundo turno da Série B do Brasileiro. Depois de uma longa sequência invicta, o elenco não conseguiu manter a regularidade, perdendo a liderança da competição e garantindo o acesso apenas na última rodada, na terceira colocação. Apesar do desligamento, que foi consensual, o treinador agradeceu Eurico Miranda pela oportunidade.
“Tivemos uma conversa antes disso, mais de uma hora de bate-papo, relatórios de tudo aquilo que se passou. Eu como treinador preciso fazer realmente uma retrospectiva. Cheguei ao Vasco com a equipe na última colocação, nosso projeto era trazer a honra novamente ao Vasco, ninguém acreditava que era possível sair daquela situação e por pouco não permanecemos na primeira divisão. O trabalho foi muito bem feito, começamos o ano muito bem, fomos campeões carioca invictos. Tivemos uma queda, isso acarretou alguns problemas”, disse Jorginho.
“Nos 38 jogos a gente se manteve na zona de classificação, no G4. Tudo o que fizemos foi muito bem planejado, conversávamos muito com o presidente, foi uma pessoa em alguns momentos decisivo na minha vida particular, preciso frisar isso, agradecendo a ele por ter me dado conselhos. Tive duas propostas claras para sair daqui, mas tinha um compromisso, com o Vasco da Gama, com o nosso presidente, com os atletas e comissão técnica”, completou.
Já pensando no planejamento de 2017, a diretoria ainda não concedeu férias ao grupo. Todos os jogadores seguem à disposição do Vasco até quarta-feira, período que deverá ser utilizado para a realização de exames, antecipando o que geralmente é feito durante a pré-temporada. Se os dirigentes não esquecem dos atletas, o mesmo acontece com a comissão técnica. Já tratando de possíveis nomes, o banco de reservas vascaíno poderá abrigar velhos conhecidos do clube.
Cristóvão Borges e Ricardo Gomes estão sendo especulados em São Januário. Ambos fizeram bons trabalhos no comando do Cruz-Maltino. O primeiro levou o time a um vice-campeonato brasileiro em 2011 e às quartas de final da Libertadores do ano seguinte, sendo eliminado pelo campeão Corinthians. Já o segundo escreveu sua história no Gigante da Colina ao se sagrar campeão da Copa do Brasil em 2011, no entanto, por conta de um AVC, deu lugar ao seu agora possível concorrente.
Sob o comando de Jorginho, o Vasco foi a campo em 87 oportunidades, sendo 43 vitórias, 24 empates e 19 derrotas. Na reta final do Brasileirão do ano passado o time demonstrou grande melhora e por pouco não se livrou do rebaixamento. Em 2016 o treinador seguiu com moral pela conquista do Carioca em cima do Botafogo e a sequência de 34 jogos de invencibilidade alcançada.
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