Esportes
Chapecoense segura o San Lorenzo e chega à final histórica
Adversário da Chape na grande decisão do torneio sairá do vencedor do duelo entre Atlético Nacional-COL e Cerro Porteño-PAR
A Chapecoense escreveu a mais importante página de sua história nesta quarta-feira. Em uma Arena Condá pulsando e com recorde de público, o Verdão do Oeste segurou um empate heroico por 0 a 0 com o San Lorenzo e garantiu seu lugar em uma inédita final da Copa Sul-Americana.
O jogo teve sinais de nervosismo e emoção desde os primeiros minutos. A Chape contou com mais uma grande atuação do goleiro Danilo, que esteve presente em momentos cruciais. O principal deles no último lance do duelo, defendendo de maneira heroica com o pé direito um chute de Angeleri.
O adversário da Chape na grande decisão do torneio sairá do vencedor do duelo entre Atlético Nacional-COL e Cerro Porteño-PAR. As duas equipes decidem a vaga nesta quinta-feira, a partir das 22h45 (de Brasília), na Colômbia – a ida, no Paraguai, terminou com empate por 1 a 1.
Início nervoso, com superioridade argentina
O início de partida foi muito nervoso. A Chape não conseguia segurar a bola e via o San Lorenzo controlar as ações. Logo no primeiro minuto, o time argentino finalizou a gol, mas parou no paredão defensivo alviverde.
Fazendo uma bela festa, a torcida fazia sua parte, pegando no pé da arbitragem e da equipe argentina, que não tinha sossego durante as trocas de passe.
Superior em campo, o San Lorenzo apostava nas jogadas pela lateral. A Chapecoense mostrava pouca criatividade e partia na base do sufoco, com bolas lançadas na área, mas sem efetividade.
O primeiro lance de perigo veio apenas aos 18 minutos: contra-ataque do San Lorenzo terminou com bola nos pés do lateral Más, que chutou de esquerda e parou em grande defesa de Danilo.
Chape tem gol anulado e “acorda” em campo
O susto fez a equipe alviverde “acordar” em campo. Aos 25 minutos, após cobrança de falta na área, a bola foi desviada no primeiro poste e sobrou para Thiego mandar para o fundo da rede, levando a Arena Condá à loucura. A festa, porém, foi interrompida: o árbitro assistente assinalou impedimento do defensor alviverde e anulou o gol de modo correto.
A Chape cresceu de vez no jogo após o lance e passou a pressionar. Aos 31, Ananias bateu meio desajeitado e mesmo assim obrigou o goleiro Torrico a espalmar. No minuto seguinte, Thiaguinho recebeu livre na esquerda, mas mostrou nervosismo e acabou chutando para fora.
O time da casa adotava uma postura agressiva, mas falhava no momento de criar as jogadas. Com isso, sobravam correria e cruzamentos sem direção. O San Lorenzo tinha mais posse de bola, mas também pouco criava.
San Lorenzo pressiona no início do segundo tempo
Por isso, o técnico Diego Aguirre não esperou e realizou uma troca logo no intervalo: saiu Corujo, entrou Blandi. E o meia mostrou estar inspirado ao sair do banco, levando perigo à Chape em um chute de fora da área aos cinco minutos. Danilo, bem postado, fez a defesa.
Precisando marcar para poder avançar, o San Lorenzo se manteve no ataque e passou a criar as melhores oportunidades, mesmo com as dificuldades e o jogo truncado no meio-campo. Aos 17 minutos, os argentinos acertaram a trave de Danilo em cabeçada de Más.
Jogo equilibrado e emocionante na reta final
Preocupado com o fraco rendimento do ataque da Chape, o técnico Caio Junior decidiu trocar Thiaguinho por Lucas Gomes. Em seu primeiro lance, aos 23, o atacante que saiu do banco obrigou Torrico a se esticar todo para pegar um chute no ângulo, em jogada que levantou os ânimos do time da casa.
O jogo era lá e cá. O goleiro Danilo voltou a entrar em ação para salvar a Chape aos 29 minutos, saindo com precisão nos pés de Cauteruccio, que havia recebido com liberdade na área e saía na cara do gol. A resposta alviverde veio aos 32. Lucas Gomes fez grande jogada pela direita e rolou para Josimar, que chegou batendo em cima da defesa.
O San Lorenzo não tinha outra alternativa senão partir na base do sufoco nos minutos finais e deixar a defesa aberta. A Chape tentava encaixar um contra-ataque para matar o jogo, mas pecava no momento de encaixar as jogadas. Com isso, o jeito era se segurar como podia.
No último minuto, o time argentino tirou o último suspiro da torcida catarinense. Após cobrança de falta na área, a bola sobrou limpa para Angeleri, que bateu rasteiro, mas parou no pé milagroso de Danilo, que mais uma vez salvou o Verdão do Oeste e colocou a equipe na decisão.
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