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Musa brasileira da luta livre foi faxineira antes de entrar para o esporte

Esporte entrou na vida de Gabi logo depois que começou a trabalhar com seu próprio negócio

Por Gazeta Esportiva 08/11/2016 20h57
Musa brasileira da luta livre foi faxineira antes de entrar para o esporte
Reprodução - Foto: Assessoria

A primeira lutadora brasileira a participar do torneio WWE, principal competição de luta livre mundial, Gabi Castrovinci, contou sua história e caminho até chegar ao esporte. Para alçar voos mais altos, a paranaense de 30 anos se mudou há 14 para os Estados Unidos. Lá, acabou se aproximando da modalidade, onde hoje representa o Brasil.

“Fui para os EUA em 2002, e no dia seguinte já comecei a trabalhar. Sendo imigrante e não falando inglês eu não tinha opção a não ser trabalhar de faxineira. Limpei cinco casas no primeiro dia com uma mulher que era namorada do meu pai na época. Ela me escravizava e ganhei 100 dólares. Pensei: ‘Nossa. Onde eu iria ganhar isso no Brasil em um dia de trabalho? ’”, afirmou.

Castrovinci passou então a juntar dinheiro para se manter no novo país onde foi morar. Com o tempo, montou sua própria empresa de limpeza, trabalhando para si mesma. “Limpava de sete a oito casas por dia, de segunda a sábado. Fiquei nesta condição por uns sete anos. Durante esse período, me casei com um americano que me agredia, para enfim poder me legalizar no país”, explicou.

“Assim que consegui meu visto de permanência e já tinha acumulado uma quantia suficiente para me manter bem, resolvi investir em minha educação. Vendi a empresa e passei a estudar. Comecei trabalhando em um consultório de odontologia, como assistente de dentista. Conheci então meu atual marido, e acabei indo trabalhar com ele em uma empresa de seguros”, continuou.

O esporte entrou na vida de Gabi logo depois que começou a trabalhar com seu próprio negócio. A curitibana passou a treinar com um brasileiro, que contratou como personal trainer. Em pouco tempo, participou de um show do WBFF, evento de beleza fitness, onde conheceu os organizadores do WWE.

“Durante o evento, me profissionalizei como esportista. Logo, precisei buscar professores para me ensinarem a lutar. Poucas semanas depois, firmei o contrato com a TNA, empresa que promove o WWE, para me tornar finalmente lutadora. Atualmente, treino todos os dias, quero ser melhor sempre na minha luta, para representar bem o meu país” finalizou Castrovinci.

 

 

Fotos: MF Assessoria