Esportes
Após vazamento, Odebrecht nega perigo a torcedores na Arena Corinthians
Construtora se posiciona sobre o assunto um dia depois de reportagem da Folha de S. Paulo mostrar situação
A construtora Odebrecht se posicionou nesta quarta-feira sobre os recentes vazamentos que afetaram a estrutura da Arena Corinthians. De acordo com a reportagem da Folha de S. Paulo desta terça-feira, uma auditoria investiga deslizamento de terra na área externa do estádio, que teria sido motivado por vazamentos no estacionamento. A Odebrecht nega qualquer tipo de perigo à torcida em dias de jogos.
Fontes ouvidas pelo jornal e que tiveram acesso aos relatórios da auditoria disseram que mais de 10 milhões de litros de água vazaram na área. O caso foi descoberto em junho deste ano. Em fevereiro, um deslizamento na área do estacionamento chegou até a calçada da Radial Leste, via que é vizinha ao estádio.
O Corinthians fez uma investigação interna e concluiu que havia relação entre o deslizamento de fevereiro e o vazamento de água no subsolo do estacionamento. Segundo a Folha, um ano antes a Sabesp alertou para o excessivo consumo de água no estádio.
Em nota, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) afirmou que informou o clube em fevereiro sobre uma alta no consumo de água.
Durante o evento de sorteio dos grupos do Campeonato Paulista de 2017, nesta terça-feira, o presidente Roberto de Andrade isentou o clube de responsabilidade e falou que vai notificar a construtora responsável pela construção do estádio.
– A responsabilidade é toda da Odebrecht. Nós vamos notificá-los, eles têm que resolver esse problema. O estádio ainda não está pronto, isso não é responsabilidade do Corinthians – disse.
Confira a nota oficial emitida pela construtora:
"A Construtora Norberto Odebrecht, em face de notícias sem fundamento sobre a construção da Arena Corinthians, vem esclarecer que sempre prezou pela qualidade dos seus trabalhos, utilizando as melhores e mais modernas técnicas construtivas em todos os seus negócios, não só no Brasil como em mais de 20 países onde tem presença.
A Arena, inaugurada em maio de 2014, sediou com sucesso grandes eventos internacionais, como a Copa do Mundo 2014 e jogos da Olimpíada 2016. Ao longo destes dois anos e meio de operação, dezenas de partidas de futebol e diversos outros eventos foram realizados, sem oferecer qualquer risco aos usuários.
Tanto que o estádio possui alvará de funcionamento e todos os demais laudos de segurança necessários a sua operação, emitidos pelos órgãos públicos que fiscalizam periodicamente as instalações locais, sem apontar nenhuma restrição.
Quanto às inconsistências do noticiário recente, vale apontar que:
– O referido vazamento de água constatado pela Sabesp ocorreu no início de 2015 e não tem relação com a erosão ocorrida um ano depois no estacionamento.
– O vazamento, de 2015, foi devido a um problema detectado em um registro localizado dentro de uma caixa de passagem, que fez a água escoar por uma tubulação de esgoto, instalada no mesmo local. Ou seja, não houve infiltração no solo. Em nota, a Sabesp informou em 01/11/2016 que “esteve no local para inspeção e os técnicos constataram que a tubulação da Sabesp está em perfeito estado”.
– A erosão, de 2016, foi ocasionada por chuvas torrenciais e acima de qualquer expectativa na região, tanto assim que a seguradora do estádio foi acionada e ressarciu parte dos danos.
– Também não é verdade que exista um córrego passando por baixo do prédio, sem canalização. Foi executada uma rede de drenagem especifica para esse fim e está em projeto As Built (como construído) que foi entregue ao Fundo Imobiliário ainda no ano de 2015.
– Quanto aos pontuais descolamentos de placas de granito das paredes, estão sendo avaliadas as reais causas de modo a impedir novas ocorrências dessa natureza. A construtora instalou mais de 30 mil metros quadrados desse material em pisos e paredes do estádio, sem o registro de nenhum problema relacionado à má instalação.
– Houve sim, há mais de um ano, queda de parte do forro em área restrita da Arena, e a Construtora tomou todas as medidas necessárias para corrigir o fato e garantir o acesso dos torcedores ao local sem quaisquer riscos.
– Não procede a informação de queda de placas de Techlan das fachadas no gramado ou na arquibancada.
Todos os trabalhos realizados na Arena tem as respectivas ARTs (Anotações de Responsabilidade Técnica), que servem para atestar a responsabilidade do executor. O CREA fazia visitas quinzenais à obra, verificando inclusive as mais de 200 ARTs assinadas por engenheiros ou arquitetos
Por fim, é preciso ainda esclarecer que a CNO garante a qualidade da construção, sendo responsabilidade do Fundo a sua manutenção."
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