Esportes

Valencia suporta pressão do Barça e fica com o título da Copa do Rei

Esta é a oitava conquista do clube na história da competição

Por Gazeta Esportiva 25/05/2019 18h02
Valencia suporta pressão do Barça e fica com o título da Copa do Rei
Reprodução - Foto: Assessoria

Neste sábado, o Barcelona entrou em campo em busca de confirmar seu segundo título na temporada, enfrentando o Valencia na final da Copa do Rei da Espanha. No Estádio Benito Villamarín, em Sevilha, porém, os campeões nacionais certamente não contavam com uma atuação tão consistente dos adversários, que venceram por 2 a 0 e ficaram com o caneco. Os gols foram marcados por Kevin Gameiro e Rodrigo Moreno.

O título tem um valor imenso para os valencianistas, que não faturavam um troféu há 11 anos e desencantam bem no ano de centenário. Este é o oitava conquista do clube na história da competição e, ademais, também coroa o bom trabalho realizado pelo técnico Marcelino García Toral à frente da equipe. O Barça, por outro lado, perde a chance de conquistar sua quinta copa consecutiva e a de número 31 na história.

Armadilha valencianista

O Barcelona começou a partida dominando completamente a posse de bola, forçando o Valencia a se encolher no campo de defesa. Apesar do controle, os catalães não conseguiam imprimir um bom volume de jogo e tinham muitas dificuldades para finalizar. Os valencianistas pareciam acuados, mas não demoraram muito a mostrar que estavam ligados no jogo.

A primeira chance de perigo aconteceu aos cinco minutos, Lenglet saiu jogando errado e deu um presente para Rodrigo. O hispano-brasileiro saiu na cara do gol, driblou Cillessen e só não fez o gol porque Piqué apareceu para salvar o Barça. Impressionante recuperação do zagueiro no lance, tirando a bola em cima da linha.

Mesmo com o susto, os grenás continuaram mantendo a posse de bola. Com pouco espaço para jogar e sempre acompanhado de perto pelos marcadores, Messi tinha grandes dificuldades para aparecer.

E na primeira vez em que a equipe valencianista segurou a bola no campo de ataque, saiu o primeiro gol do jogo. Aos 20 minutos, Gayá recebeu lançamento perfeito de Gabriel Paulista e, pela direita, deu ótimo passe para Gameiro no meio. Na entrada da área, o atacante dominou, limpou Alba e bateu firme, no alto, sem chances para Cillessen.

O Valencia cresceu na partida. Era muito mais consistente em campo e fez por merecer o segundo gol, que não demorou a sair. Aos 32, ótimo passe de Coquelin para Soler pela direita, nas costas de Jordi Alba. O meia arrancou com a bola, chegou na linha de fundo e cruzou na cabeça de Rodrigo, que só escorou para dentro: 2 a 0.

Antes do intervalo, ainda deu tempo de uma defesa brilhante por parte de Domenech. Com uma mão só, o goleiro caiu no canto esquerdo e espalmou belo chute de Messi da entrada da área.

Barça reage, mas Valencia segura o título

A etapa final começou com mais um susto do Barcelona. Gonçalo Guedes fez boa jogada individual, tabelou com Gameiro e arriscou chute cruzado, de fora da área. A bola passou com muito perigo, mas saiu à esquerda da meta.

A resposta do Barça veio com 10 rodados. Jogada espetacular de Messi, que tabelou com Malcom pela direita, costurou a defesa valencianista, invadiu a área e tocou com categoria. A bola carimbou a trave e, no rebote, Vidal mandou por cima.

O Barça melhorou em campo e passou a sufocar o Valencia, que já não se dava tanto trabalho para buscar contra-ataques.

Aos 25, Malcom carregou pela direita e serviu Piqué dentro da área. O zagueiro, na função de centroavante, bateu de primeira e viu a bola passar raspando a trave de Domenech.

Com 27 rodados, a pressão surtiu efeito e o Barça deu mais emoção ainda ao duelo. Após cobrança de escanteio pela direita, Lenglet cabeceou no chão e Domenech fez a defesa. No rebote, porém, Messi apareceu para empurrar para dentro e diminuir o placar: 2 a1.

Depois do gol, o Valencia se fechou atrás e diminuiu os espaços do Barça, que passou a insistir ainda mais em cruzamentos pelo alto. Na ausência de Luis Suárez, porém, faltou alguém para escorar para dentro. Piqué passou a exercer a função de centroavante.