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Réver pede ponto final no caso Diego Alves: 'Faltou um pouco de maturidade a nós'

Capitão tenta blindar o elenco, afirma que o assunto deve ser tratado internamente pela diretoria, admite que 'ambiente poderia estar melhor' e vê goleiro abalado

Por Marcelo Baltar e Thayuan Leiras com Globoesporte.com 02/11/2018 13h48
Réver pede ponto final no caso Diego Alves: 'Faltou um pouco de maturidade a nós'
Reprodução - Foto: Assessoria
A dois dias do jogo decisivo contra o São Paulo, o assunto foi outro no Flamengo. Mais uma vez a conturbada relação entre Diego Alves e Dorival Júnior foi o tema principal na coletiva de imprensa. Na manhã seguinte após a notícia do bate boca entre os dois na frente do elenco, Réver falou, acompanhando do filho Réver Júnior. Assim como a direção, o capitão rubro-negro disse que o assunto será tratado internamente, mas reconheceu que a condução do caso, que vai completar duas semanas no noticiário, poderia ter sido de outra maneira. - São coisas que acontecem no futebol. Problema nosso interno. Vamos resolvê-lo internamente como sempre aconteceu no Flamengo. Quem deveria falar com vocês sobre isso é a diretoria. Nossos problemas são resolvidos internamente. Estamos aqui para trabalhar. Toda essa situação é muito triste. Não podemos nos abater por isso. Brigamos pelo Brasileiro. Não podemos nos abater e nos abalar por isso - Acredito que faltou diálogo e um pouco de maturidade de nós para não desviarmos o foco do objetivo que é o Brasileiro. Isso afeta de alguma maneira. Nós jogadores temos que colocar um ponto final isso e deixar para a diretoria resolver - disse Réver. Em reunião com o elenco, na terça, sem a presença de Dorival, Diego Alves apresentou sua versão por ter se recusado a viajar para Curitiba, na véspera do jogo contra o Paraná, ao receber a notícia de que César seria o titular. Ele deu a entender que foi liberado pelo treinador na ocasião. Ao saber do encontro, Dorival se incomodou e reuniu o grupo. O clima esquentou, e os dois precisaram ser contidos por jogadores e pelo diretor Carlos Noval. - Temos procurado conversar bastante com o grupo todo para que isso não atrapalhe. É claro que o ambiente poderia estar melhor. Mas o ambiente sempre esteve bom. As coisas estão sendo tratadas internamente. Amigo pessoal de Diego Alves, Réver revelou que o goleiro, que ainda não se pronunciou desde que se recusou a viajar para Curitiba, está chateado com a situação, aparentemente, irreversível. - Não mudou nada meu relacionamento com ele. Sempre tivemos um diálogo constante. Temos amizade espetacular fora do clube. Claro que falamos sobre o acontecimento, mas também sobre outras coisas. Não dá para respirar futebol 24 hrs por dia. Claro que o Diego está chateado e abalado. Não poderia ser diferente. Mas a vida segue. Nesta sexta-feira, Diego Alves foi ao Ninho do Urubu. O vice-presidente de futebol, Ricardo Lomba, o gerente jurídico André Galdeano e o CEO Bruno Spindel também estiveram no CT. Outro dirigente presente foi o diretor Carlos Noval, responsável por acalmar os ânimos no bate boca entre Diego Alves e Dorival. Nesta sexta, antes do treino, ele se reuniu com o elenco no gramado. Confira mais tópicos da coletiva: Jogo contra o São Paulo Momento totalmente diferente do jogo do 1º turno. Mudamos algumas peças. O momento hoje do SP não é parecido. A partir do momento que queremos alcançar o título do Brasileiro, temos que vencer, independentemente do adversário. Vamos atrás dos 3 pontos. Independente do jogo do Palmeiras no sábado, sabemos o que temos que fazer. Temos feito bons jogos fora de casa. Tem tudo para ser um grande jogo. Duelo com Diego Souza O Diego Souza é um jogador de muita qualidade. Um dos melhores atacantes do futebol brasileiro, muito difícil de ser marcado. Isso mostra a grandeza do jogo. Tabus estão aí para serem quebrados. Já quebramos alguns. Temos a chance de fazer uma nova história. Melhora de rendimento em campo Tem sim o dedo do Dorival, pela maneira que a equipe vem se comportando. Não estava tudo errado. Pelo contrário. Mas o Dorival lapidou alguns erros que cometíamos. Ainda temos a posse de bola, mas somos mais agressivos, estamos mais próximos, os meias chegam mais. Presença do filho na coletiva É a segunda vez que ele (filho) participa. Fica todo feliz de aparecer, mesmo sendo tímido.