Esportes

Paratleta dá entrevista em Maceió e fala sobre trajetória vitoriosa no esporte

Claudiney dos Santos ganhou medalha de ouro nas Paralimpíadas do Rio

Por Autor: Rívison Batista 18/09/2018 21h50
Paratleta dá entrevista em Maceió e fala sobre trajetória vitoriosa no esporte
Reprodução - Foto: Assessoria
O campeão paralímpico e recordista mundial Claudiney Batista dos Santos esteve em Maceió nesta terça-feira (18) e deu uma entrevista aberta ao público na praça de alimentação do Parque Shopping Maceió, no bairro de Cruz das Almas. A visita do paratleta na capital alagoana foi promovida pela Braskem e é uma das atividades da 4ª Semana da Inclusão realizada pelo shopping. Durante a entrevista, Claudiney compartilhou sua trajetória de vida no esporte e interagiu com o público presente respondendo perguntas. O jornalista Edson Moura conduziu a entrevista com o atleta, que, logo de início, afirmou que era a primeira vez em Maceió. “Amanhã já preciso retornar aos treinos”, afirmou Claudiney. O atleta sofreu um acidente de motocicleta no ano de 2005. Segundo Claudiney, após complicações hospitalares que resultaram em uma infecção, foi necessário amputar a perna esquerda. “No ano que sofri o acidente de moto, eu estava me preparando para um campeonato de fisiculturismo. No fisiculturismo, você cultua o corpo. Quando tive a perna amputada, imaginei que não praticaria mais esportes”, declarou o atleta no Parque Shopping. Ainda no hospital, Claudiney dos Santos conta que recebeu um convite para ser paratleta e aceitou. Em 2011, quando estava em ritmo de preparação para as Paralimpíadas de Londres, Claudiney participou dos jogos do Parapan-Americano de 2011, na cidade de Guadalajara, no México, e trouxe para o Brasil uma medalha de ouro e uma de bronze. Claudiney compete no lançamento de dardo, disco e peso. Nas Paralimpíadas de Londres, em 2012, o paratleta faturou para o Brasil uma medalha de prata com o lançamento de dardo. O mineiro tem também quatro medalhas em Campeonatos Mundiais (duas pratas e dois bronzes no lançamento de dardo e de disco nas edições de Lyon-2013 e Doha-2015). Porém o atleta conta que o ápice da sua carreira foi ganhar uma medalha de ouro em casa com o lançamento de disco nos jogos paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. “Foi uma sensação ímpar. Quando você chega no estádio e vê o pessoal aplaudindo você, a adrenalina sobe e o resultado foi a medalha de ouro”, contou Claudiney. O paratleta afirma que, no momento, o maior desafio para ele é a convocação para os jogos paralímpicos de Tóquio, em 2020. “Ganhando medalha de ouro no mundial do ano que vem, me credenciarei para Tóquio daqui a dois anos”, declarou. A rotina do esportista é regrada. Ele contou ao público que a alimentação é selecionada, além de evitar sair à noite. Quanto à prótese na perna esquerda, Claudiney diz que tudo é uma questão de adaptação e força de vontade. “É como se usasse um tênis apertado, incomoda, mas me adaptei. Preciso dela. Tiro a prótese apenas para dormir”, afirmou o paratleta.