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Líder do ranking aos 37, Nicholas pode ser o mais velho campeão mundial da história

Veterano passou para a final com o terceiro tempo nos 50m borboleta, tem a marca mais rápida da temporada e pode se consagrar aos 37 anos: "O que eu tento fazer é me desafiar o tempo todo"

Por globoesporte.com 24/07/2017 10h14
Líder do ranking aos 37, Nicholas pode ser o mais velho campeão mundial da história
Reprodução - Foto: Assessoria

Nicholas Santos é o mais velho nadador entre os mais de mil que estão participando do Campeonato Mundial, que ocorre nesta semana, na Hungria. Com 37 anos, coleciona recordes de logevidade. Em 2015, aos 35 e cinco meses, foi prata nos 50m borboleta e é, atualmente, o mais "experiente" nadador que já foi ao pódio na história da competição. Nesta segunda-feira, às 12h30 (Brasília), com transmissão do SporTV e tempo real do GloboEsporte.com, ele pode se tornar o campão mundial mais velho da história da competição, superando o alemão Mark Warneck, ouro nos 50m peito em 2005 com 35. Líder do ranking mundial dos 50m borboleta em 2017 (fez 22s61 no Troféu Maria Lenk), passou com o terceiro tempo para a decisão.

- Já sou um senhor de idade (risos). Daqui a pouco vou nadar o master (risos). O que eu tento fazer é me de desafiar o tempo todo. Eu não tenho cobrança nenhuma, é um desafio pessoal. Genética, minha idade...Eu acho que eu continuo nadando porque gosto muito de nadar - disse Nicholas.

Nicholas Santos e Henrique Rodrigues Budapeste natação Mundial (Foto: Satiro Sodré/SSPRESS/CBDA)

 

A final dos 50m borboleta está recheada de craques. Joseph Schooling, de Cingapura, é o atual campeão olímpico dos 100m borboleta, Ben Proud, da Grã Bretanha, que é o líder do ranking mundial dos 50m livre, e Caeleb Dressel, que tem duas medalhas de ouro em Olimpíadas.

- É uma prova forte, só tem cara fera. Dressel, Ben Pround, Scooling, só fera...O mais gosto é nadar a final, agora é a hora - disse.

Nicholas participou das Olimpíadas de 2008 e 2012, sendo semifinalista dos 50m livre em sua primeira participação. Em Campeonatos Mundiais de piscina longa (considerados os mais importantes), tem a prata em Kazan, Rússia, 2015, um quarto lugar (Barcelona, Espanha 2013) e um quinto (Roma, Itália, 2009).

Henrique Martins, outro brasileiro na final, é o segundo colocado do ranking mundial, fez 22s70 em uma prova há algumas semanas. Para a final, avançou com o sexto tempo e também está na briga por medalhas.

O Brasil já tem quatro medalhas nos Campeonato Mundial de esportes aquáticos. Três com Ana Marcela Cunha, bronze nos 5km e 10km, e ouro nos 25km, e com o revezamento 4x100m livre, que levou a prata.