Esportes

Bahia segura empate com o Sport e fica em vantagem na Copa do Nordeste

Sport entrou em campo sem Henríquez, Mena, Leandro Pereira, Ronaldo Alves, Rithely e Evandro

Por Gazeta Esportiva 18/05/2017 01h36
Bahia segura empate com o Sport e fica em vantagem na Copa do Nordeste
Reprodução - Foto: Assessoria

A Ilha do Retiro viveu uma noite de muita emoção e ferveu com o primeiro jogo da final da Copa do Nordeste na noite dessa quarta-feira. Sport e Bahia começaram a escrever a história de decisão desse ano pelos pés de seus ‘Juninhos’. Primeiro, o volante do Tricolor abriu o placar. Mas, no fim, o atacante talismã do Leão entrou para deixar tudo igual. O empate de 1 a 1 não é de todo ruim para o Bahia, que na próxima quarta entra em campo campeão na Fonte Nova, já que o gol qualificado é critério de desempate. Ao Sport resta vencer em Salvador ou conseguir algum empate a partir do 2 a 2 para ficar com o título.

O Sport entrou em campo sem Henríquez, Mena, Leandro Pereira, Ronaldo Alves, Rithely e Evandro. Por outro lado, o Bahia não pôde contar com Armero, Edson, Régis, Jackson, Wellington Silva, Yuri e Hernane. Apesar dos muitos desfalques, não faltou emoção e bom futebol na Ilha do Retino.

Guto Ferreira surpreendeu na escalação do Tricolor ao colocar Matheus Sales no lugar de Regis entre os titulares e, assim, mandar a campo uma equipe mais precavida, com três volantes. E essa postura foi fundamental para segurar o ímpeto inicial do time da casa.

Com Diego Souza, que era dúvida até momentos antes da bola rolar, o Leão dominou a primeira metade da etapa inicial. Matheus Ferraz acertou a trave depois de vencer disputa pelo alto dentro da área e Rogério por pouco não marcou um golaço de voleio. Jean fez bela defesa.

A pressão era intensa, mas, como era de se esperar, aos poucos o ritmo do Sport foi caindo, até pela dificuldade física em manter tanta velocidade e marcação alta.

Dessa forma, o Bahia chegou ao ataque com perigo real apenas aos 36 minutos. Mas, quando chegou, quase foi mortal. Allione saiu cara a cara com Magrão, tentou o drible e caiu depois de carrinho do goleiro. O árbitro não assinalou pênalti e também não puniu o atacante por uma eventual simulação. A jogada geral muita reclamação dos jogadores e da comissão técnica do Bahia.

O Tricolor, então, começou a se soltar e ficar mais tempo com a bola. E se o pedido de pênalti já havia inflamado o jogo, aos 43 a situação ficou ainda pior para a arbitragem. Isso porque Zé Rafael aproveitou sobra dentro da área e mandou para as redes. O árbitro validou o gol, mas, ao perceber a bandeira levantada do auxiliar, anulou a jogada. Renê Júnior era o atleta em posição irregular, porém, o volante tirou o corpo da bola e não participou do lance. Foi o estopim para Guto Ferreira comprar muita briga à beira do gramado.

Apesar de todos os protestos, não teve jeito. As duas equipes foram para o intervalo com a final empatada sem gols. Melhor para o Bahia que a irritação com a arbitragem não abalou os jogadores em campo. O segundo tempo começou com o Esquadrão mantendo o ritmo dos minutos finais do primeiro tempo.

Era nítido a aflição que vivia a Ilha do Retiro. As arquibancadas mais caladas pareciam anunciar o que vinha pela frente. Aos 11 minutos, a zaga do Leão cortou cruzamento parcialmente e a bola ficou limpa para Juninho, que fuzilou Magrão e abriu o placar para os visitantes. Um golaço

A torcida do Sport, então, que já havia chiado com a substituição de Everton Felipe por Juninho, não perdoou e ecoou o grito de “burro” em direção ao técnico Ney Franco.

O Sport sentiu o momento. E a situação só não ficou ainda pior porque Magrão mostrou por que é ídolo. Aos 21, Edigar Junio apareceu sozinho, na segunda trave, depois de cobrança de falta, e cabeceou para o chão, a queima roupa. O camisa 1, no entanto, voou para evitar o segundo gol do Bahia com a perna. Um verdadeiro milagre.

Mesmo sem fazer uma grande partida, a necessidade pelo resultado fez com que o Sport se lançasse ao ataque e conseguisse voltar a dominar as ações. E Juninho, aquele que entrou e gerou tantas críticas a Ney Franco, acabou dando razão ao técnico e queimando a língua dos torcedores rubro-negros.

O ataque colocou fogo no jogo e, aos 35 minutos, subiu mais alto que todo mundo na primeira trave, após cobrança de escanteio para empatar o confronto, aliviar o time da casa e consagrar de vez sua fama de talismã.

O Bahia se encolheu depois do gol sofrido e o Sport foi para o tudo ou nada. O clima de tensão no ar permaneceu até o apito final. Agora, na Fonte Nova, o Sport terá uma dura missão, já que o 0 a 0 em Salvador garante o título ao Tricolor.