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Prancheta chutada por Ceni atingiu Cícero no intervalo de clássico

No mesmo dia em que deu bronca em Rodrigo Caio por fair play em lance com Jô, técnico entrou no vestiário chutando objetos

Por Globo Esporte 16/05/2017 16h24
Prancheta chutada por Ceni atingiu Cícero no intervalo de clássico
Reprodução - Foto: Assessoria

A ira de Rogério Ceni no intervalo da derrota de 2 a 0 para o Corinthians, no Morumbi, pela semifinal do Paulistão, ainda repercute nos bastidores do clube. Além da bronca em Rodrigo Caio pelo gesto de fair play, o acesso de raiva do treinador fez com que Cícero fosse atingido por uma prancheta arremessada ao chão pelo técnico.

Muito irritado com a atuação da equipe, o técnico chutou o objeto, que acertou o meio-campista. Imediatamente, Ceni pediu desculpas, mas criou-se um clima ruim no vestiário. A notícia foi divulgada pela ESPN e confirmada pelo GloboEsporte.com.

A revolta do treinador era com o segundo gol do adversário, marcado por Rodriguinho, aos 46 minutos do primeiro tempo. Ceni fez um gesto de irritação no banco de reservas e olhou para trás. No vestiário, ele cobrou mais atitude de seus jogadores, que relataram a pessoas próximas ter sido o momento de maior ira do técnico desde que assumiu o comando do time, em janeiro, com direito a chutes em alguns objetos.

Questionado sobre o assunto na coletiva desta terça-feira, no CT da Barra Funda, o volante Jucilei confirmou o atrito entre Ceni e Cícero.

– Vejo que o desentendimento querendo acertar vai haver sempre no vestiário. Ainda mais com resultados negativos. O desentendimento que houve vai ficar no vestiário – afirmou o meio-campista.

Rogério Ceni no clássico contra o Corinthians (Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)

– O Cícero e o Rogério são amigos. Foram campeões juntos. Eles conversaram, se entenderam e o grupo está focado. Todos estão em um só pensamento de fazer o time voltar a fazer gol – acrescentou Jucilei.

Na mesma entrevista, Jucilei também tentou negar o atrito:

– Joga uma prancheta no chão e ver se vai quicar? Não é bola de tênis.

Cícero foi um dos reforços pedidos pelo técnico Rogério Ceni no início do ano. Ele deixou o Fluminense e acertou um vínculo de dois anos. Logo que chegou, se tornou titular inquestionável no meio-campo.

Após a confusão no vestiário, ele ainda foi titular contra Cruzeiro e Corinthians. Diante do Defensa y Justicia, na última quinta-feira, o jogador atuaria normalmente, mas acabou vetado por estar com febre. No último domingo, contra a Raposa, o meio-campista ficou como opção no banco de reservas. Até agora, disputou 22 das 27 partidas da equipe na temporada.