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Sport perde feio, mas Magrão brilha nos pênaltis e garante classificação

Foram 13 minutos de muito sufoco e de uma grande defesa de Magrão

Por Gazeta Esportiva 12/05/2017 01h50
Sport perde feio, mas Magrão brilha nos pênaltis e garante classificação
Reprodução - Foto: Assessoria

Por muito pouco o Sport Recife não sofreu uma eliminação catastrófica na noite dessa quinta-feira. Depois de atropelar o Danubio na Ilha do Retiro por 3 a 0, a equipe brasileira sofreu além da conta no estádio Centenário, no Uruguai, e teve muita dificuldade para levar a definição da vaga na Copa Sul-Americana para os pênaltis, já que no tempo normal o rubro-negro também levou os mesmos 3 a 0. Mas, apesar da péssima atuação durante o jogo, Magrão se encarregou de garantir a classificação do leão ao defender suas cobranças dos uruguaios. Agora, o Sport Recife terá de aguardar o sorteio para conhecer seu próximo adversário na competição.

Diante da boa vantagem conquistada em Pernambuco, Ney Franco decidiu poupar o volante Rithely, o lateral-direito Samuel Xavier e o atacante Juninho para a estreia no Campeonato Brasileiro. Além disso, Diego Souza e Ronaldo Alves, machucados, também ficaram de fora do confronto em Montevidéu. Mesmo assim, existia um clima de otimismo pela classificação.

O problema é que o Sport acabou sentindo mais do que se imaginava a pressão inicial dos mandantes, que apesar da tarefa quase impossível, em nenhum momento deixaram de acreditar. Desde os primeiros minutos, a pressão dos uruguaios foi muito intensa.

Foram 13 minutos de muito sufoco e de uma grande defesa de Magrão. Aos 14, porém, não teve jeito. Matheus Ferraz vacilou na marcação, a bola explodiu na trave em finalização de Zarfino e, após muito bate-rebate dentro da área, Jonathan dos Santos mandou para as redes.

Para piorar, menos de dez minutos depois, Matheus Ferraz cometeu pênalti, bem verdade que o lance foi duvidoso, mas, independente de qualquer coisa, Olaza cobrou com uma bomba no meio e ampliou.

A segunda metade do primeiro tempo foi de mais e mais pressão do Danubio até o intervalo, que foi recebido como um verdadeiro alívio para os jogadores do Sport Recife.

Para a segunda etapa, Ney Franco sacou Matheus Ferraz e colocou em campo Oswaldo Henríquez. O substituto, porém, repetiu seu antecessor e também não entrou bem no jogo. No primeiro lance de maior exigência, Henríquez deu um carrinho imprudente em seu adversário e cometeu mais uma penalidade, essa, aliás, não gerou reclamação de nenhum atleta. Mais uma vez, Olaza chamou a responsabilidade e igualou o placar geral em 3 a 3.

E o que parecia inacreditável, aconteceu. Depois de falta cobrada na área, Malrechauffe mandou para as redes e marcou o quarto gol da equipe uruguaia. Dessa vez, no entanto, a reclamação do time brasileiro surtiu efeito e o auxiliar anulou a jogada. Mais que isso, ao comunicar o árbitro de que Malrechauffe tocou com o braço na bola, o juiz ainda expulsou o atleta do Danubio.

O problema é que nem mesmo com um jogador a mais o Sport Recife conseguiu se encontrar em campo, jogar no campo ofensivo ou alcançar o gol que lhe daria a classificação direta. Pior. Com dez jogadores, o Danubio chegou a criar oportunidades para anotar outro gol. A situação ficou ainda mais difícil depois que Mena sentiu a coxa e precisou deixar o jogo. Como Ney Franco já havia feito suas três trocas, o Leão também ficou os últimos minutos com dez jogadores em campo.

Ao menos o Sport Recife conseguiu levar a definição para os pênaltis, onde a disputa voltava a ficar nivelada, já que durante o jogo o Danubio era soberano. E aí brilhou a estrela de Magrão. O ídolo rubro-negro defendeu as cobranças de Gonzalo González e de Marcelo Tabárez, enquanto Everton Felipe, Raul Prata, Fabrício e André converteram suas oportunidades.

Depois de tanto sofrer, no fim, quem fez a festa no estádio Centenário foi a equipe pernambucana, que com 4 a 2 nos pênaltis, garantiu a vaga na segunda fase da Copa Sul-Americana.