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Com o "pé" na elite do Brasileiro, Série B começa nesta sexta-feira

Na Segunda Divisão, veja quem é quem, quais são as estrelas e os favoritos

Por Globo Esporte 12/05/2017 15h47
Com o 'pé' na elite do Brasileiro, Série B começa nesta sexta-feira
Reprodução - Foto: Assessoria

A Série B do Brasileiro de 2017 inicia oficialmente nesta sexta-feira, com quatro partidas. Em destaque quase que isolado, o Internacional disputa a segundona pela primeira vez em sua história. Enquanto o time "mergulha" no desconhecido, o Paraná Clube, do outro lado da corda, vem com pompa de proprietário e chega à sua 10ª participação consecutiva na divisão. Entre os extremos da edição, a Série B conta com sete clubes do Sul, cinco nordestinos, quatro do Sudeste, três do Centro-Oeste e apenas um da Região Norte. Dos 20, apenas cinco foram campeões estaduais neste ano. De desacreditados a postulantes, é hora de trocar o chip. Conheça os personagens que lutam por uma vaga à primeira divisão.

ABC

Estrela: Geninho. O experiente técnico de 68 anos já foi campeão brasileiro da Série A com o Atlético-PR e tem passagem por grandes clubes como Corinthians, Santos, Vasco e Atlético-MG.

Quem sou eu? O maior campeão estadual do Brasil com 54 títulos.

Momento: O ABC foi bicampeão potiguar de 2017 com bastante superioridade. O Alvinegro fez ainda boa campanha na Copa do Brasil e caiu somente na terceira fase.

Análise GE: O ABC tem uma base consolidada desde a Série C do ano passado, mas ainda precisa de novas peças. A realidade financeira do clube, no entanto, impede investimentos mais altos. O objetivo inicial da direção é se manter na Série B sem sufoco.

Retrospecto na B: Nos últimos 10 anos, o ABC ficou fora da Série B apenas duas vezes (2010 e 2016). Bateu e voltou na Série C nestes dois anos, inclusive sendo campeão da Terceirona em 2010.

AMÉRICA-MG

América-MG foi semifinalista do campeonato mineiro (Foto: Reprodução)

Estrela: Goleiro João Ricardo. Além de participar da conquista do acesso à Série A, em 2015, e do título de Campeão Mineiro de 2016, o jogador é um dos maiores destaques da equipe.

Quem sou eu? Campeão Mineiro de 2016.

Momento: Em 2017 foi eliminado do Campeonato Mineiro na semifinal, para o Cruzeiro, na Copa do Brasil e na Primeira Liga. Ainda assim, fez boa campanha no estadual.

Análise GE: O América-MG chega à Série B como um dos favoritos ao acesso. O principal objetivo do time - que não disputa mais nenhuma competição além do Brasileiro - é voltar à A. A diretoria pretende anunciar reforços até a estreia.

Retrospecto na B: São 24 participações na Segundona. Em 2016 esteve na elite, mas não conseguiu se manter. Em um retrospecto geral, a equipe tem 15 passagens pela Série A e cinco pela Série C.

BOA ESPORTE

Boa Esporte luta para voltar à primeira divisão do campeonato mineiro (Foto: Reprodução)

Estrela: Radamés. Com a equipe ainda em formação, já que atualmente disputa o Módulo 2 do Campeonato Mineiro, o volante e capitão é figura certa para a disputa da Série B.

Quem sou eu? Campeão Brasileiro da Série C 2016, o Boa Esporte chega impulsionado por sua primeira conquista em nível nacional e, no ano em que completa 70 anos, luta para conseguir o acesso à Série A.

Momento: no Módulo 2, o Boa está na luta para voltar à elite do futebol mineiro. Até então, o time soma quatro vitórias seguidas e é líder do Hexagonal Final a três rodadas do fim. O clube ganhou os holofotes neste início de temporada por conta da polêmica contratação do goleiro Bruno. Perdeu patrocínios e luta para se reerguer.

Análise GE: Com uma equipe em formação, o Boa Esporte deve ter dificuldades nas rodadas iniciais. O próprio técnico da equipe, Julinho Camargo, já disse que espera uma formação mais definida somente por volta da sexta rodada. O time tem potencial para brigar na parte de cima da tabela. Mas a dependência de fatores externos pode atrapalhar.

Retrospecto na B: O Boa Esporte disputou cinco edições consecutivas da Série B entre 2011 e 2015, quando foi rebaixado para a Série C. De todas as participações, o clube viveu seu melhor momento em 2014, quando quase conseguiu o acesso para a Série A.

BRASIL DE PELOTAS

Brasil de Pelotas escapou do rebaixamento no campeonato gaúcho na última rodada (Foto: Reprodução)

Estrela: Eduardo Martini, goleiro 38 anos, é o grande nome xavante das últimas três temporadas. É referência no sólido sistema defensivo armado pelo técnico Rogério Zimmermann em cinco anos.

Quem sou eu? Primeiro campeão do Rio Grande do Sul, em 1919, o Brasil de Pelotas voltou ao convívio dos 40 maiores clubes do país em 2016. Desde a chegada do técnico Zimmermann, em 2012, o clube gaúcho saltou da segunda divisão estadual para a Série B nacional.

Momento: Depois de quatro temporadas com praticamente os mesmos jogadores, o Xavante sofreu grande reformulação O time acabou se salvando do rebaixamento no Gauchão na última rodada.

Análise GE: Assim como na última temporada, a manutenção na Série B será um grande resultado para o Brasil de Pelotas. Mais cinco reforços devem chegar até o início do campeonato, o que dará mais opções, principalmente ofensivas, ao treinador.

Retrospecto na Série B: Décimo primeiro colocado na Série B em 2016, o Xavante parte para o segundo ano consecutivo na competição nacional. Ano passado, no início do segundo turno, o Brasil chegou a frequentar o G-4.

CRB

CRB acaba de ser tricampeão alagoano (Foto: Reprodução)

Estrela: time ainda não tem um craque. Vale o conjunto. Os destaques nas primeiras competições do ano foram o zagueiro Flávio Boaventura, o volante Adriano e o atacante Maílson.

Quem sou eu? O único time de Alagoas na Série B e responsável pela revelação de grandes jogadores, como o zagueiro Pepe, além dos atacantes Aloísio Chulapa e Roberto Firmino.

Momento: O clube foi campeão estadual em 2017 e conquistou seu 30º caneco do Alagoano, o quinto nos últimos seis anos.

Análise GE: O CRB costuma investir durante a Série B. Evolui com os reforços. Tem a mesma defesa do ano passado e contratou para o Brasileiro os meias Élvis e Rodolfo Guimarães, que disputaram o Paulistão. O objetivo é ficar na zona intermediária da Segundona.

Retrospecto na B: voltou à Série B em 2014 e no ano passado quase subiu. Perdeu força no fim, mas frequentou o G-4 e empolgou a torcida. Provou que a Série A está longe de ser um sonho impossível.

CEARÁ

Ceará foi o campeão cearense (Foto: Reprodução)

Estrela: Magno Alves é o principal jogador do Ceará para a Série B. Ídolo do time, o atacante ultrapassou a marca histórica de 100 gols na história do clube.

Quem sou eu? Primeiro e maior campeão cearense, possui 44 títulos estaduais. Sua principal conquista é a Copa do Nordeste de 2015, quando levou a melhor contra o Bahia.

Momento: O momento é de crescimento técnico do Ceará. Após um começo de ano ruim, quando foi eliminado pelo Boavista logo na primeira fase da Copa do Brasil e não avançou na Primeira Liga, o Vovô trouxe o técnico Givanildo Oliveira e acertou o time.

Análise GE: Mais uma vez, o Ceará entra em campo em busca do acesso à Série A. Com a confiança da torcida e o time encaixado, a diretoria pretende trazer reforços pontuais para preencher algumas carências.

Retrospecto na B: Cliente cativo da Série B, a equipe alvinegra completa 29 participações na competição em 2017. Só para se ter uma ideia, de 2011, quando foi rebaixado da Série A pela última vez, acumulará seis participações com a deste ano.

CRICIÚMA

Criciúma foi o terceiro colocado no campeonato catarinense (Foto: Reprodução)

Estrela: Luiz. Líder dentro de campo e também fora dele, o goleiro do Criciúma é o mais experiente da equipe do Sul de Santa Catarina.

Quem sou eu? Único campeão catarinense da Copa do Brasil e com jogos da Libertadores da América no currículo.

Momento: Nos primeiros meses de 2017 o Criciúma disputou três competições e não guarda bons números de nenhuma. No estadual, até entrou brigando pelo título, mas perdeu o ritmo na reta final. Também não vingou na Copa do Brasil e Primeira Liga.

Análise GE: Assim como fez na edição passada da Segundona, o Criciúma irá mesclar a experiência do goleiro Luiz, dos zagueiros Raphael Silva e Diego Giaretta e do meia Alex Maranhão com a juventude e a vontade de mostrar o bom futebol do lateral Marlon, os volantes Barreto e Douglas Moreira e o atacante Caio Rangel. Sob o comando do novato Deivid, o time carvoeiro entra no torneio com uma meta: ser regular no turno e returno e resgatar a confiança da torcida.

Retrospecto na B: Desde a queda, em 2014, o Criciúma começa a temporada com o acesso em mente, mas peca durante a temporada. Em 2015, a campanha não deixou boas lembranças, e o time correu risco de queda até o fim. Em 2016 a equipe mudou a postura e brigou forte, mas tropeçou quando teve a chance de encostar no G-4.

FIGUEIRENSE

Figueirense começou o ano brigando contra o rebaixamento no campeonato catarinense (Foto: Reprodução)

Estrela: Bruno Alves. O zagueiro de 25 anos é um dos mais identificados com a torcida e, tecnicamente, um dos poucos nomes indiscutíveis do grupo do Alvinegro para a Série B.

Quem sou eu? O Figueirense é o maior detentor de título do Campeonato Catarinense, com 17 conquistas. Na Série A do Brasileiro figurou em 16 oportunidades.

Momento: A fase do Figueirense está longe de ser das melhores. No primeiro semestre de 2017, depois de ser rebaixado da Série A para a Segundona, o Alvinegro acumula eliminações e decepções. Na Primeira Liga, não passou da fase de grupos. No Copa do Brasil, caiu na primeira fase. E, no Catarinense, além de ficar longe de disputar a decisão, esteve preocupado com o rebaixamento.

Análise GE: O Figueirense, depois do começo ruim na temporada, refez todo o seu planejamento. Dispensou jogadores e contratou mais de um time inteiro para a Segundona. A temporada, por assim dizer, recomeça para o Alvinegro. Contudo, será uma equipe em formação ao longo da Segundona o que, na maioria das vezes, é mais dificultoso.

Retrospecto na B: O Figueirense tem tido campanhas, nos últimos anos, de namoro com a Série B e casamento com a Série A. A última participação do Alvinegro catarinense na Segunda Divisão foi em 2013 e, desde então, permaneceu por três temporadas na primeira divisão.

GOIÁS

Goiás foi o campeão goiano (Foto: Reprodução)

Estrela: Léo Gamalho: artilheiro do time na temporada com 12 gols, foi prejudicado por uma fratura no pé, mas é a principal esperança de gols do time esmeraldino.

Quem sou eu? Bicampeão da Série B (1999 e 2012) e maior vencedor do Campeonato Goiano. Em 2017 faturou o tricampeonato estadual.

Momento: Ganhou moral pelo desempenho nas finais do Campeonato Goiano contra Atlético-GO e Vila Nova. Eliminado na Copa do Brasil, poderá dar seu máximo na Segundona.

Análise GE: apesar do título estadual, o Goiás vai precisar melhorar se quiser brigar pelo acesso e evitar a terceira participação seguida na Série B no ano que vem. O time apresentou deficiências graves, sobretudo nas laterais, e teve de improvisar durante toda a temporada. Comparado com o ano passado, quando ficou na modesta 13ª colocação, o Goiás tem tudo para fazer uma campanha melhor.

Retrospecto na B: O Verdão tem bons números na Segundona. Subiu em 1994 ao ser vice-campeão e ganhou o título em 1999 e 2012. O clube nunca passou três temporadas seguidas na Série B. Fica o alerta pelas duas campanhas ruins feitas nesta década: em 2011 e no ano passado, o time esmeraldino não só passou longe do acesso como também chegou a correr risco de rebaixamento.

GUARANI

Guarani foi o sexto colocado da Série A2 e não conseguiu acesso à primeira divisão do campeonato paulista (Foto: Reprodução)

Estrela: Fumagalli, ídolo da torcida e um dos maiores camisas 10 do clube.

Quem sou eu? Uma das mais tradicionais equipes de São Paulo, o Guarani tem como grande conquista o Brasileiro de 78.

Momento: O Guarani retorna à Série B após o acesso no ano passado (foi vice-campeão da Série C). O Bugre, porém, não foi bem na Série A2 do Paulista, sendo eliminado na primeira fase.

Análise GE: a esperança do Guarani recai sobre o experiente treinador Oswaldo Alvarez, o Vadão. Foi ele que em 2009 levou o time pela última vez à elite nacional. O treinador, porém, tem enfatizado que a meta é permanecer na divisão, pavimentar um caminho e sonhar com acessos em disputas futuras. Dependendo do início, o time poderá mudar esse cenário e brigar lá em cima, mas em um primeiro momento é candidato à zona intermediária da classificação.

Retrospecto na B: a última vez do Guarani na Série B foi em 2012, quando acabou rebaixado. Mas o Bugre é um velho conhecido da divisão. Inclusive, foi campeão em 1981.

INTERNACIONAL

Internacional foi vice-campeão gaúcho (Foto: Reprodução)

Estrela: D'Alessandro, meia-atacante, 36 anos. Capitão do time, voltou ao Beira-Rio após um ano de empréstimo ao River Plate e reassumiu a liderança do vestiário. Ídolo da torcida, é o coração do time e também a referência técnica – é o principal "garçom" do Inter no ano.

Quem sou eu? Campeão mundial (2006), bi da Libertadores (2006 e 2010), tri do Brasileirão (1975, 1976 e 1979) e campeão da Copa do Brasil (1992). Perdeu o estadual de 2017 para o Novo Hamburgo.

Momento: O Inter vive um ano atípico, após primeiro rebaixamento de sua história. O grupo de jogadores passou por uma grande reformulação e foi entregue ao comando de Antônio Carlos Zago. No primeiro semestre, o time enfrentou alguns momentos de oscilação. Foi à final do Gauchão, mas perdeu nos pênaltis para o Novo Hamburgo.

Análise GE: O Inter inicia a Série B como o time a ser batido na competição. Apesar do rebaixamento, a direção não diminuiu os investimentos. Pelo contrário. Para voltar à elite logo no primeiro ano, o clube contratou, até o momento, 13 jogadores, além de repatriar D'Alessandro. Os destaques são os atacantes William Pottker e Marcelo Cirino e o volante chileno Felipe Gutiérrez. O lado esquerdo, formado por Carlinhos e Uendel, e os passes de D'Ale aos atacantes, são as principais apostas para superar os adversários na Série B. A defesa, porém, ainda preocupa.

Retrospecto na B: Disputará pela primeira vez a competição.

JUVENTUDE

Juventude lutou contra o rebaixamento no campeonato gaúcho (Foto: Reprodução)

Estrela: Tiago Marques, 29 anos, atacante. O jogador foi contratado para a disputa da Série B depois de marcar cinco gols em nove jogos pelo Campeonato Paulista, pela Ferroviária.

Quem sou eu? Campeão da Série B (1994), do Campeonato Gaúcho (1998) e da Copa do Brasil (1999).

Momento: A equipe comandada pelo técnico Gilmar Dal Pozzo encara a Série B como um recomeço. O time foi mal no Campeonato Gaúcho. A equipe lutou contra o rebaixamento até o último jogo. Caiu logo no início da Copa do Brasil.

Análise GE: o Juventude entra com o objetivo de se manter na Série B. Usou as três semanas de folga entre o estadual e o Brasileiro para fortalecer o condicionamento físico dos jogadores. Para a disputa, seis jogadores foram contratados. A aposta é em um técnico que conhece o caminho do acesso. Foi Gilmar Dal Pozzo quem levou a Chapecoense da Série C para a Série A do Brasileirão.

Retrospecto na B: O Juventude foi campeão em 1994. Voltou a disputar a competição depois do rebaixamento, em 2007. Em 2008, fez boa campanha e lutou pelo retorno à Série A até as últimas rodadas. Já em 2009, foi rebaixado para a Terceira Divisão e, no ano seguinte, caiu para a Quarta. O retorno à Série B foi a prioridade da direção no ano passado.

LONDRINA

Londrinha chegou até a semifinal do campeonato paranaense (Foto: Reprodução)

Estrela: O grande nome do Londrina não entra em campo e está há seis anos à beira do gramado comandando o Londrina. O técnico Claudio Tencati tem o controle do time e bastante experiência, mas ainda é novato na Série B. Este ano será sua segunda vez no torneio.

Quem sou eu? Tetracampeão paranaense, o Londrina já teve papel importante na década de 70, quando ganhou o apelido de Tubarão e era temido por times grandes. Depois de quase desaparecer por problemas financeiros, o time foi campeão estadual em 2014.

Momento: O Londrina teve dificuldade de decolar no Paranaense, mas se classificou entre os cinco melhores e chegou na semifinal, sendo eliminado pelo Atlético-PR. Caiu no início da Copa do Brasil, mas teve um dos melhores desempenhos na Primeira Liga e está na próxima fase.

Análise GE: Empolgado com o desempenho do ano passado, quando brigou por vaga na Série A até o fim, o Londrina pensa em repetir a trajetória apostando em jogadores um pouco mais experientes no campeonato. Além do capitão Germano, que segue no time, o clube contratou reforços pontuais, como o meia Patrick Vieira, do Palmeiras.

Retrospecto na B: Campeão na primeira edição, em 1980, o Londrina voltou à Série B em 2016 e fez bonito. A equipe não era considerada uma das favoritas, mas derrubou adversários importantes e chegou na penúltima rodada ainda vivo para ficar entre os quatro melhores.

LUVERDENSE

Luverdense foi eliminado na semifinal do campeonato mato-grossense (Foto: Reprodução)

Estrela: o goleiro Diogo Silva chegou no clube ano passado para a disputa da Série B e tem se destacado com defesas importantes. Outro atleta é o meia Marcos Aurélio, que já jogou por Santos, Coritiba e Internacional.

Quem sou eu? Tricampeão mato-grossense.

Momento: o time só foi derrotado apenas duas vezes na temporada. Chegou até a terceira fase da Copa do Brasil - eliminado pelo Corinthians. Está na final da Copa Verde contra o Paysandu.

Análise GE: O time manteve a base da temporada passada e começou o ano com resultados relevantes. Algumas contratações estão chegando ao clube para a Série B, que mantém um trabalho com o mesmo treinador (Júnior Rocha) há quatro anos, mas o discurso do Luverdense mudou: quer brigar pelo acesso à elite.

Retrospecto na B: Este ano é a quarta participação seguida do clube - que tem apenas 13 anos de existência - na Série B.

NÁUTICO

Náutico disputa com o Santa Cruz o terceiro lugar do campeonato pernambucano (Foto: Reprodução)

Estrela: Erick, atacante de 19 anos, herda a posição de destaque do time após a debandade dos jogadores mais experientes - como Marco Antônio. Foi o principal atleta do elenco na disputa do Pernambucano e Copa do Nordeste.

Quem sou eu? Hexacampeão pernambucano, o único a conquistar a sequência no estado.

Momento: O Náutico não vem bem na temporada e acumula fracassos seguidos. Foi eliminado ainda na primeira fase da Copa do Brasil, não avançou para a segunda fase da Copa do Nordeste e, de quebra, não foi para a final do Campeonato Pernambucano. São 13 anos sem conquistar um troféu.

Análise GE: O Náutico se encontra em um momento completamente turbulento. Com Waldemar Lemos, tem o seu terceiro treinador somente nesta temporada - antes, Dado Cavalcanti e Milton Cruz dirigiram a equipe. Os salários atrasados são, de fato, um grande problema que o elenco atravessa. A crise fez atletas como Marco Antônio, Dudu, Giovanni, Ewerton Páscoa e Adalberto pedirem para deixar o clube.

Retrospecto na Série B: Depois de subir para a Série A em 2011, o Náutico passou 2012 e 2013 firme, mas caiu logo depois. Há dois anos bate na trave em busca do acesso. Em 2015 e 2016 ficou na quinta colocação. O clube tem oito participações no Campeonato Brasileiro, 20 na Série B e uma na Série C.

OESTE

Oeste foi o décimo primeiro colocado na Série A2 (Foto: Reprodução)

Estrela: O meia Mazinho, chamado de "Messi Black" nos tempos de Palmeiras, é o grande nome do Oeste. Aos 29 anos, é a sexta passagem dele pelo clube do interior paulista.

Quem sou eu? O título mais importante dos 96 anos de história do Oeste é o Campeonato Brasileiro da Série C em 2011.

Momento: O Oeste não passa por um momento positivo. Na temporada passada, o time foi rebaixado no Paulistão, escapou apenas na última rodada da Série C em 2016. Neste ano, brigou contra o rebaixamento para a Série A3.

Análise GE: Sem o aporte financeiro dos outros anos e com o fim da parceria com o Audax, o Oeste entra na Série B deste ano com uma equipe humilde com relação aos outros anos, ou seja, novamente com a intenção de evitar a queda para a Série C.

Retrospecto na B: O Oeste disputará a Série B pela quinta vez consecutiva esse ano. Em todas as participações anteriores, o time brigou para não ser rebaixado.

PARANÁ

Paraná chegou até as quarta-de-final do campeonato paranaense (Foto: Reprodução)

Estrela: o meia Renatinho é o mais importante e responsável por dar mobilidade e criação ao meio de campo e também por gols: ele fez oito até agora na temporada e foi o artilheiro no Estadual.

Quem sou eu? Fundado há 28 anos, o Paraná Clube foi um fenômeno nos anos 90, quando alcançou seis títulos paranaenses (o sétimo e último foi em 2006) além de um título na Série B em 1992. Desde então, sem dinheiro, não conseguiu repetir o desempenho, se transformando em uma equipe coadjuvante nos campeonatos.

Momento: Apesar de ter sido desclassificado pelo Atlético-PR nas quartas de final do Paranaense, o Paraná Clube vive um início de temporada como não visto há muito tempo. A equipe teve a melhor campanha na primeira fase do Estadual, além de continuar viva na Primeira Liga. Na Copa do Brasil, o time está nas oitavas de final depois de desclassificar Bahia e Vitória. Em mudança súbita, Wagner Lopes saiu, e o novo técnico é Cristian de Souza, que estava no Rio Branco-AC.

Análise GE: O Paraná tem um time jovem e sem nenhum medalhão, mas os meninos têm mostrando personalidade frente a adversários bem mais experientes. Com uma equipe bem armada e alguns destaques como Renatinho, Nathan “cachorrão” e Guilherme Biteco, o time renovou a expectativa dos torcedores.

Retrospecto na B: O Tricolor chega em 2017 em sua décima edição dentro da Série B. Nesses longos 10 anos, as suas participações têm sido cada vez piores. Ano passado terminou na 15ª posição com 41 pontos, um a mais do que o rebaixado Joinville.

PAYSANDU

Paysandu é o atual bicampeão paraense (Foto: Reprodução)

Estrela: Bergson é, sem dúvida, o principal nome da equipe neste início de temporada. O jogador tem a incrível média de 0,92 gols por jogo no estadual. Foram 11 em 12 jogos do Parazão, além ter balançado a rede uma vez na Copa Verde.

Quem sou eu? O Paysandu é o segundo clube brasileiro a mais vezes ter vencido seu campeonato estadual. Além disso, é o único clube do Norte do país a ter disputado a Libertadores. No Brasileiro, possui dois títulos: as Séries B de 1991 e 2001.

Momento: Apesar de ainda não ter empolgado o torcedor bicolor, o Paysandu de 2017 tem números expressivos. Tem doze vitórias, seis empates e quatro derrotas na temporada. A equipe ainda atingiu a marca de 16 jogos seguidos sem perder, alcançada ao longo de mais de dois meses. Garantiu o bi do estadual e ainda está na disputa do bi da Copa Verde.

Análise GE: Para o Brasileiro, contratações pontuais têm sido feitas. A defesa é um ponto forte – sofreu apenas oito gols no estadual – e ainda conta com a evolução do jovem Perema, revelação contratada no começo da temporada, que deu mais jovialidade ao setor. Com o elenco atual, o Paysandu entra inicialmente seguro para brigar por um lugar entre os dez primeiros, mas aspirando o acesso.

Retrospecto na B: O Paysandu tem, ao longo da história, 17 participações na Segundona. Porém, nos últimos 10 anos passou mais tempo na Série C: de 2007 a 2012, quando subiu; caiu em 2014, mas desde 2015 tem conseguido manter-se com certa tranquilidade na Série B.

SANTA CRUZ

Santa Cruz disputa o terceiro lugar do campeonato pernambucano (Foto: Reprodução)

Estrela: revelado pelo Flamengo, o meia Thomás tenta, enfim, fazer a sua carreira engrenar no Arruda. Contratado cercado de desconfiança, tem conseguido jogar bem e é o grande destaque do time.

Quem sou eu? O Santa é 29 vezes campeão pernambucano, uma vez campeão da Copa do Nordeste e uma vez campeão da Série C do Campeonato Brasileiro.

Momento: A equipe chega tentando se reencontrar depois de um desempenho ruim no primeiro semestre. Os tricolores caíram nas semifinais da Copa do Nordeste e no Pernambucano.

Análise GE: O Santa Cruz passou por uma profunda reformulação do ano passado para a atual temporada. Depois do rebaixamento, perdeu quase todos os jogadores do elenco (só ficaram Vítor, Tiago Costa e Roberto) e o técnico Vinícius Eutrópio tem batido na tecla de que a equipe ainda está em formação.

Retrospecto na Série B: O Santa Cruz está de volta à Série B depois de uma temporada na elite. Ao todo, os tricolores participaram de 19 edições da Série B.

VILA NOVA

Vila Nova foi o vice-campeão goiano (Foto: Reprodução)

Estrela: Moisés, principal válvula de escape e artilheiro do time na temporada com seis gols marcados.

Quem sou eu? Bicampeão da Série C (o único além do rival Atlético-GO) e segundo maior vencedor do Campeonato Goiano com 15 títulos.

Momento: entra sob desconfiança após derrota para o Goiás na final do Campeonato Goiano. O time não conseguiu convencer ao longo da temporada e fracassou na Copa do Brasil.

Análise GE: depois da 9ª colocação do ano passado, o Vila Nova entra na Série B em condições de fazer mais uma campanha segura. Embora não seja candidato ao acesso, o time goiano, vice-campeão estadual, mostra capacidade para pelo menos ser competitivo no Campeonato Brasileiro e evitar maiores sustos.

Retrospecto na B: O Tigrão é freguês de carteirinha da Série B. Nos últimos 20 anos, participou 16 vezes da Segunda Divisão, mas nem sempre com campanhas animadoras – foi rebaixado em 2006, 2011 e 2014.

Primeira rodada

Sexta-feira (12)

CRB x Ceará

Guarani x Brasil de Pelotas

Juventude x Luverdense

Náutico x América-MG

Sábado (13)

ABC x Paraná

Criciúma x Santa Cruz

Londrina x Internacional

Boa Esporte x Vila Nova

Goiás x Figueirense

Paysandu x Oeste.